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A diretoria do HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto vai demitir, até o fim do mês, 263 servidores aposentados que continuam na ativa. O hospital possui hoje 3.900 funcionários.
A determinação segue um parecer da Procuradoria Geral do Estado e já foi aplicada em outros setores da saúde pública, como na Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) e no HC de São Paulo, por exemplo.
Pela lei, após a aposentadoria, os servidores perdem o vínculo empregatício e só podem retornar depois de um novo concurso.
O desligamento dos funcionários deve afetar setores essenciais do hospital, já que não estão previstas novas contratações.
De acordo com a ASHC (Associação dos Servidores do Hospital das Clínicas), o setor mais prejudicado será a enfermaria oftalmológica, que deve perder 37% do seu quadro. Na radioterapia, o prejuízo será de 32,26% e nas análises clínicas, 30%.
Outros setores que devem ser atingidos pela determinação, segundo a associação, são a enfermagem da UE (Unidade de Emergência), o centro cirúrgico e a unidade de transplante renal.
"A demissão dos aposentados vai criar uma situação que pode ser muito pior do que uma greve", diz Antônio José Dechechi, da diretoria da ASHC.
Ontem, a diretoria da ASHC se reuniu com a Secretaria de Estado da Educação, em São Paulo, e propôs que os aposentados fiquem no cargo até o final deste ano e que as novas contratações sejam gradativas.
No entanto, até o início da noite de ontem, ainda não havia sido firmado nenhum acordo.
A Secretaria de Estado da Saúde informou, por meio de sua assessoria, que a medida cumpre uma determinação da Procuradoria Geral, que não comentou o caso.
O secretário municipal da Saúde, Celso Lopes, afirmou que as demissões podem ocasionar complicações no sistema público.
"O município não tem condições de suprir o atendimento desses pacientes", disse Lopes.
Os servidores do HC estão em greve desde o dia 10.


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