Ribeirão Preto, Terça-feira, 18 de Maio de 2010

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Antigo recinto da Festa de Peão de Barretos é tombado

Espaço Paulo de Lima Correa foi reconhecido como patrimônio pelo Condephaat

Local que serviu de palco para a Festa do Peão até 1984 passou para a posse do município, que aplicará R$ 600 mil e buscará R$ 4 mi


DA FOLHA RIBEIRÃO

Primeiro local a abrigar a tradicional Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, o recinto Paulo de Lima Correa foi tombado em caráter definitivo pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), órgão de preservação do Estado. A resolução foi publicada na semana passada no Diário Oficial do Estado.
O local, até então de posse do Estado, passou no fim de 2009 para a gestão do município, que montou uma comissão para avaliar e definir como a área pode ser utilizada.
De acordo com o diretor do Departamento de Cultura de Barretos, Osvaldo Caiel Filho, o município deve investir em torno de R$ 600 mil no recinto, valor insuficiente para realizar todas as metas traçadas no projeto proposto pela comissão "Viva o Recinto", formada no início deste ano.
"É um recurso inicial mas, com o tombamento, vamos pedir recursos para outras áreas, como o Ministério do Turismo, para quem vamos formalizar um pedido de R$ 4 milhões."
Entre os itens propostos pela comissão estão montar o Museu da Pecuária, com peças e documentos que contam a trajetória de comitivas e outros elementos da cultura sertaneja, fazer exposições itinerantes sobre o tema e promover visitas periódicas das escolas municipais ao recinto para oficinas e atividades.
O local recebeu a Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, atualmente maior rodeio da América Latina, da década de 50 até 1984, quando a festa passou para o Parque do Peão.
Para a historiadora e presidente da Arplic (Associação de Amigos do Recinto Paulo de Lima Correa), Elisete Greve Tedesco, a aprovação definitiva é uma conquista já que a associação reivindica o reconhecimento histórico desde 1997.
"O local foi construído para exposições de animas em 1945 e é um patrimônio muito importante para a cidade. A proposta é fazer lá um centro de memória de reverência à cultura caipira, ao agronegócio e ao folclore", disse.
De acordo com Tedesco, o local está abandonado desde 2002 e será preciso buscar apoio e patrocínio para conseguir reativá-lo.
"Discutimos o que poderia ser feito, mas, até agora, está tudo parado", disse. (LIGIA SOTRATTI)

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