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Antigo recinto da Festa de Peão de Barretos é tombado
Espaço Paulo de Lima Correa foi reconhecido como patrimônio pelo Condephaat
Local que serviu de palco para a Festa do Peão até 1984 passou para a posse do município, que aplicará
R$ 600 mil e buscará R$ 4 mi
DA FOLHA RIBEIRÃO
Primeiro local a abrigar a tradicional Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, o recinto
Paulo de Lima Correa foi tombado em caráter definitivo pelo
Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,
Arqueológico, Artístico e Turístico), órgão de preservação do
Estado. A resolução foi publicada na semana passada no Diário Oficial do Estado.
O local, até então de posse do
Estado, passou no fim de 2009
para a gestão do município, que
montou uma comissão para
avaliar e definir como a área
pode ser utilizada.
De acordo com o diretor do
Departamento de Cultura de
Barretos, Osvaldo Caiel Filho, o
município deve investir em torno de R$ 600 mil no recinto, valor insuficiente para realizar
todas as metas traçadas no projeto proposto pela comissão
"Viva o Recinto", formada no
início deste ano.
"É um recurso inicial mas,
com o tombamento, vamos pedir recursos para outras áreas,
como o Ministério do Turismo,
para quem vamos formalizar
um pedido de R$ 4 milhões."
Entre os itens propostos pela
comissão estão montar o Museu da Pecuária, com peças e
documentos que contam a trajetória de comitivas e outros
elementos da cultura sertaneja,
fazer exposições itinerantes sobre o tema e promover visitas
periódicas das escolas municipais ao recinto para oficinas e
atividades.
O local recebeu a Festa do
Peão de Boiadeiro de Barretos,
atualmente maior rodeio da
América Latina, da década de
50 até 1984, quando a festa passou para o Parque do Peão.
Para a historiadora e presidente da Arplic (Associação de
Amigos do Recinto Paulo de Lima Correa), Elisete Greve Tedesco, a aprovação definitiva é
uma conquista já que a associação reivindica o reconhecimento histórico desde 1997.
"O local foi construído para
exposições de animas em 1945
e é um patrimônio muito importante para a cidade. A proposta é fazer lá um centro de
memória de reverência à cultura caipira, ao agronegócio e ao
folclore", disse.
De acordo com Tedesco, o local está abandonado desde
2002 e será preciso buscar
apoio e patrocínio para conseguir reativá-lo.
"Discutimos o que poderia
ser feito, mas, até agora, está tudo parado", disse.
(LIGIA SOTRATTI)
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