Ribeirão Preto, Sábado, 18 de Setembro de 2010

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Calor não assusta quem vive nos extremos de temperatura

DE RIBEIRÃO PRETO

Os recordes de calor que estão sendo batidos em Ribeirão Preto não assustam quem trabalha em extremos de temperatura. Para quem vive em -10ºC ou perto de 60ºC, o inverno quente da cidade nem faz diferença.
José Antônio Figueiredo, 36, viveu os últimos 17 anos abaixo de zero grau. Ele trabalha na produção da fábrica de gelo Fagerp, em temperaturas bem reduzidas.
O local onde ficam estocado os sacos de gelo pode chegar a -10ºC quando fica fechado por duas horas. Em média, a temperatura é mais "agradável": -5ºC.
"Acostumei com o frio. Mas, com esse calor, é bom trabalhar aqui. A mão demora mais para congelar do que no inverno", afirmou.
O calor, diz, aumenta o ritmo de trabalho na empresa. A demanda chega a dobrar quando a temperatura sobe.
O recorde de 39,5ºC registrado ontem nem foi sentido por Rafael Rodrigues de Assis, 25, encarregado de produção da fundição JPA.
Acostumado a trabalhar em temperatura próxima a 60ºC, ele disse que prefere os dias mais quentes.
"Eu gosto mais do verão. Quem trabalha nessa área já está adaptado ao calor. O problema não é tanto o calor, o que incomoda é o tempo muito seco", disse.
Segundo Assis, por causa da fumaça dos fornos, são feitas pausas ao longo do dia, rotina comum a cerca de 25 funcionários.
"É um trabalho pesado, mas quem gosta não troca. Estou há cinco anos e não tenho vontade de trocar de ramo não", disse. (LS)


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