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Calor não assusta quem vive nos extremos de temperatura
DE RIBEIRÃO PRETO
Os recordes de calor que
estão sendo batidos em Ribeirão Preto não assustam
quem trabalha em extremos
de temperatura. Para quem
vive em -10ºC ou perto de
60ºC, o inverno quente da cidade nem faz diferença.
José Antônio Figueiredo,
36, viveu os últimos 17 anos
abaixo de zero grau. Ele trabalha na produção da fábrica
de gelo Fagerp, em temperaturas bem reduzidas.
O local onde ficam estocado os sacos de gelo pode chegar a -10ºC quando fica fechado por duas horas. Em
média, a temperatura é mais
"agradável": -5ºC.
"Acostumei com o frio.
Mas, com esse calor, é bom
trabalhar aqui. A mão demora mais para congelar do que
no inverno", afirmou.
O calor, diz, aumenta o ritmo de trabalho na empresa.
A demanda chega a dobrar
quando a temperatura sobe.
O recorde de 39,5ºC registrado ontem nem foi sentido
por Rafael Rodrigues de Assis, 25, encarregado de produção da fundição JPA.
Acostumado a trabalhar
em temperatura próxima a
60ºC, ele disse que prefere os
dias mais quentes.
"Eu gosto mais do verão.
Quem trabalha nessa área já
está adaptado ao calor. O
problema não é tanto o calor,
o que incomoda é o tempo
muito seco", disse.
Segundo Assis, por causa
da fumaça dos fornos, são
feitas pausas ao longo do dia,
rotina comum a cerca de 25
funcionários.
"É um trabalho pesado,
mas quem gosta não troca.
Estou há cinco anos e não tenho vontade de trocar de ramo não", disse.
(LS)
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