DA FOLHA RIBEIRÃO

A USP de Ribeirão Preto está entre 19 grupos selecionados pelo governo federal para integrar a Rede Brasileira de Pesquisas Sobre o Câncer, com objetivo de unificar as pesquisas para o estudo e tratamento do câncer de mama.
O grupo de Ribeirão Preto será o primeiro no mundo a montar o genoma completo de células do câncer de mama, segundo o geneticista Wilson Araújo da Silva Junior, coordenador da equipe.
Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum em mulheres. Na área molecular, os pesquisadores da USP de Ribeirão farão a montagem do genoma tanto de células normais como de tumores da mama da mesma paciente. "Vamos sequenciar as duas linhagens e comparar a alteração dos genes."
Observar quais os genes afetados, disse Silva Junior, torna mais fácil compreender a ação da doença e criar terapias mais efetivas de tratamento e cura.
O projeto, orçado em R$ 200 mil, deve terminar em dois anos. De acordo com o coordenador, nenhum instituto no mundo já montou o genoma completo de células do câncer de mama. "Até hoje, foram observados conjuntos de genes, mas separadamente", disse o coordenador.
A pesquisa será desenvolvida no Hemocentro de Ribeirão. Os pesquisadores terão o desafio de usar a bioinformática para conseguir sequenciar todos os fragmentos. Hoje, a tecnologia de montagem e análise do genoma só ocorre em países desenvolvidos.


Texto Anterior: Novo coordenador da USP foca em serviços
Próximo Texto: Ministério Público vê brecha para infecção em 12 hospitais da região
Índice