Ribeirão Preto, Domingo, 19 de Abril de 2009

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Ministério Público vê brecha para infecção em 12 hospitais da região

Entre as instituições listadas está o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A região de Ribeirão Preto tem 12 hospitais com algum tipo de deficiência em sua estrutura de controle, prevenção e notificação da infecção hospitalar. A relação foi divulgada pelo Ministério Público Estadual, que pediu ao Cremesp (Conselho Regional de Medicina) que realizasse o estudo.
Na região, foram identificadas brechas no Hospital São Paulo, em Araraquara, na Maternidade São Sebastião, em Borborema e nas Santas Casas de São Carlos, Sertãozinho, Taquaritinga, Santa Rita do Passa Quatro, Ituverava, Jardinópolis e Pedregulho, além do hospital Dona Balbina, em Porto Ferreira. Em Ribeirão, foram apontados problemas no HC (Hospital das Clínicas) e no hospital São Lucas.
À Folha o conselheiro estadual do Cremesp Isac Jorge Filho não disse quais foram as falhas nos hospitais da região, mas afirmou que os problemas no HC e no São Lucas são "burocráticos" e não ameaçam a segurança dos pacientes.
No HC, segundo o infectologista Fernando Rodrigues, vice-presidente da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares, o Cremesp apontou necessidade de atualização de um programa de prevenção, problemas de interação da comissão com a administração hospitalar e falhas nos programas de reciclagem de servidores, já corrigidos, de acordo com ele.
Já a diretoria do São Lucas precisou ajustar a carga horária de um técnico de sua comissão de controle, adequar o layout de seu manual de procedimentos de lavanderia e substituir uma solução desinfetante que estava regulamentada pela Secretaria de Estado da Saúde em 2007, quando a vistoria do Cremesp foi realizada.
A Folha não conseguiu contatar responsáveis dos outros hospitais anteontem. O Cremesp avaliou 158 hospitais no Estado, sorteados entre 741. O estudo não avaliou nível de infecção. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a infecção hospitalar aumenta o período de internação de cinco a dez dias, em média, no país.


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