Ribeirão Preto, Quinta-feira, 19 de Maio de 2011

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Ação foi "profissional", diz empresário

Afirmação é de uma das vítimas de grupo que furtava residências de bairros de alto padrão de Franca

Da casa dele, ladrões levaram R$ 162 mil; rapazes suspeitos se aproximavam das vítimas em festas


ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

Joias, TV, computadores, jaquetas de couro, garrafas de uísque, dois carros avaliados em R$ 150 mil e até suplementos alimentares.
Os objetos foram furtados da casa do empresário Enio Rodrigues, 50, na última Páscoa em Franca. Ele classifica a ação "de profissional".
Para a DIG (Delegacia de Investigações Gerais), esse é mais um dos furtos supostamente praticados pelos jovens que há pelo menos um ano invadiam casas de alto padrão na cidade, usando como tática a aproximação a pessoas próximas à vítima.
Moradores da cidade confirmam a fama envolvente dos jovens. "Eles eram influentes, andavam bem arrumados e conversavam bem", diz o treinador de artes marciais Fabiano Morige, que não sofreu furto.
Foram 15 furtos -11 somente no bairro em que Rodrigues mora- que somaram R$ 1 milhão, diz a DIG.
Leonardo Engler Pugliesi, 19, considerado pela polícia líder do grupo, foi preso no início deste mês. Tiago Engler Pugliesi, 24, e Guilherme Alves, 21, estão foragidos.
João Paulo Limírio, 25, e Rafael Rossin, 20, foram presos dirigindo um dos carros furtados de Rodrigues.
"Foram tão ousados que estavam a 300 metros da minha casa", diz. Rossin, que estava no veículo, era um dos seus vizinhos.
A mulher de Rodrigues, que não quis revelar o nome, foi professora particular de Tiago, mas cancelou as aulas após o terceiro encontro porque ele, ainda criança, era muito agitado.
Tiago já respondeu por porte de drogas. Leonardo foi preso em 2010 por interceptação de sacas de café.
O deputado não quis se pronunciar sobre o caso.

OUTRO LADO
A advogada de Leonardo, Ana Maria de Lima, nega participação dele nos crimes. Ontem, ela entrou com pedido de habeas corpus pra libertá-lo porque ele não poderia ser preso em flagrante por estar na casa dos pais, sem os objetos furtados.
A advogada de Tiago, Solange Secchi, também nega as acusações, assim como Angélica Martori, que defende Guilherme Alves. A reportagem não conseguiu confirmar com a polícia quais são os advogados de defesa de Limírio e Rossin.


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