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A cidade de Ribeirão Preto foi a segunda do interior do Estado de São Paulo a receber uma escola estadual. Antes, somente Santos, no litoral, e Campinas contavam com o então chamado "ginásio".
O projeto criando o ginásio do Estado -atualmente a escola Otoniel Mota- foi aprovado no dia 9 de novembro de 1906, sendo que o decreto foi publicado 19 dias depois.
O mentor da criação foi o vereador Antônio Loyola, que aprovou a indicação, por unanimidade, em uma sessão da Câmara Municipal de Ribeirão.
De acordo com a atual diretora da escola, Helena Siqueira, a primeira turma do colégio era composta exclusivamente por homens. As primeiras alunas foram aceitas somente a partir de 1914.
"A primeira mulher só foi aceita no colégio oito anos depois da primeira turma. Naquela época, o ginásio do Estado era tipicamente masculino", diz.
A escola, que iniciou a primeira turma com sete alunos homens, atualmente atende 3.080 pessoas de ambos os sexos. Em 95 anos de existência, o colégio já atendeu cerca de 285 mil alunos.
A escola, que até hoje é considerada uma referência no ensino público da cidade, tornou-se tradicional pela formação de pessoas públicas, como o atual prefeito Antônio Palocci Filho (PT), o professor de economia Antônio Vicente Golfeto e a jornalista Marília Gabriela.

Mudança de nome
Em 1951, a Escola Normal e Estadual de Ribeirão Preto mudou de nome e passou a ser chamada de Otoniel Mota, em homenagem ao primeiro professor da instituição pública.
O professor que deu o nome à escola trabalhou no ginásio do Estado por apenas seis anos. Após esse período, ele foi transferido para outra cidade.
Atualmente, o colégio também oferece o curso de magistério, em tempo integral.
"Além do segundo grau, o colégio também oferece 500 vagas para o curso normal [magistério], que, desde 97, passou a ser integral", afirma Helena.


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