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Alunos fazem pesquisa
da Folha Ribeirão
Os alunos que têm avós
nascidos em Ribeirão Preto
são minoria em uma das
classes da escola municipal
Eduardo Romualdo de Souza, na Vila Virgínia.
De um total de 30 estudantes, 48% deles são de famílias
que vieram de cidades vizinhas e 22% têm como origem a migração mineira para São Paulo. Apenas 5% dos
avós nasceram em Ribeirão.
Esse é o resultado de uma
pesquisa feita por professores da rede municipal dentro
do projeto "500 anos de
quê?", tema que a escola escolheu para direcionar as atividades deste ano.
"Com o passar dos anos, as
raízes deles foram esquecidas e queremos recuperar isso", disse a professora Valéria Palocci Dias Lopes, que
vem ajudando a reconstruir
a árvore genealógica dos alunos.
Na sua classe, 30 dos 36 estudantes participaram do
projeto, que agora está sendo levado para outras salas
de 3ª série.
Em duas turmas, dados
preliminares mostram que
os avós ribeirão-pretanos
são apenas 3% do total.
As idades dos pesquisadores mirins variam de 9 a 10
anos, de acordo com a escola.
Método
O levantamento da história
das famílias começou com
uma entrevista, feita pelas
próprias crianças e seguindo
um questionário elaborado
pela professora.
As respostas revelaram,
por exemplo, como os avós
se vestiam e o que faziam para se divertir.
A aluna Schayane Bueno,
9, descobriu que a avó Lourdes Vaz Bueno, 55, morava
em casa de madeira em Telêmaco Borba, no interior do
Paraná.
Quando era criança, Lourdes não conhecia o Dia das
Mães, nem dos Pais e o Dia
das Crianças, comemorado
em outubro.
Essas são datas comerciais
que ganharam fama nas últimas três décadas.
A realidade da avó Maria
de Lourdes de Paula, 56, entrevistada pelo aluno Felipe
Marcel de Freitas de Paula,
era bem diferente em Ribeirão Preto, onde nasceu, na
década de 40.
Maria se recorda das marchinhas carnavalescas no salão e do cinema, no centro da
cidade.
Na época, Maria morava
em uma casa de taipa, feita a
partir de madeira e barro.
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