|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Braçais são maioria, segundo pesquisa
da Folha Ribeirão
Os trabalhadores braçais, pouco
especializados, são maioria entre
os 11 mil migrantes atendidos no
ano passado pelo Cetrem.
Segundo pesquisa, 28% deles
disseram ser lavradores, 22%, ajudantes gerais, e 20%, pedreiros.
O estudo mostrou o perfil do migrante: é homem (85%), tem entre
18 e 40 anos (50%) e saiu do próprio Estado (63,7%).
"Eles são mais vulneráveis ao
problema do desemprego porque,
além da dificuldade normal que há
para se arrumar trabalho na cidade, eles não têm preparação suficiente", disse Delvita Pereira Alves, secretária da Cidadania e do
Desenvolvimento Social.
A falta de oportunidade para o
trabalho braçal tem ligação com as
mudanças na agroindústria da região, que chegou a empregar cerca
de 90 mil pessoas na década de 80.
Segundo as usinas, cerca de 15
mil postos de trabalho foram fechados no campo, nos últimos seis
anos, por causa da mecanização no
corte da cana.
De cada cem bóias-frias desempregados com a compra das máquinas, apenas 12 são contratados
para operá-las, mas todos em funções específicas, como motoristas.
Hoje, a região é responsável pela
produção de um terço de açúcar e
por 40% do álcool (combustível)
vendido no país.
Quadro
Ribeirão tem 89,3 mil pessoas desempregadas ou que se sustentam
por meio de subempregos, o equivalente a 37,5% da população economicamente ativa -daqueles
que potencialmente deveriam estar trabalhando.
A estimativa é da Arquidiocese
de Ribeirão Preto, feita no início da
Quaresma, em fevereiro, como
parte da Campanha da Fraternidade, que este ano teve como tema
"Sem trabalho...Por quê?"
O desempregado é, majoritariamente, homem (51,7%), tem entre
18 e 25 anos (38,67%) e não completou o 1º grau (52%).
Foram entrevistadas 2.360 pessoas em 60 bairros diferentes, em
janeiro passado, por meio de uma
parceria com a USP (Universidade
de São Paulo).
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|