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ECONOMIA
Empresa pretende evitar desapropriação de seu terreno em fazenda
Cutrale oferece outra área à Embraer
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A Cutrale, indústria de sucos
com sede em Araraquara, ofereceu duas áreas ao governo do Estado para a instalação da Embraer. A empresa se propôs a
comprar a área e doar à Embraer,
evitando a despesa pelo Estado.
O objetivo da Cutrale é evitar a
desapropriação de parte de uma
de suas fazendas de laranja. A área
fica em Gavião Peixoto (118 km de
Ribeirão Preto), no local escolhido pela Embraer para construir
sua nova fábrica e uma pista de
testes de aviões.
A secretária-adjunta de Ciência
e Tecnologia do Estado, Betty
Schifnagel Abramowicz, disse que
já repassou as sugestões da Cutrale à Embraer para uma avaliação
técnica.
"A Embraer passou um pente-fino no Estado e escolheu aquela
área por razões técnicas. Acho
muito difícil que eles não tenham
analisado essas áreas oferecidas
pela Cutrale porque essa região
foi muito estudada", disse a secretária.
As áreas oferecidas pela Cutrale
são vizinhas ao terreno escolhido
pela Embraer.
As principais razões para a escolha do terreno em Gavião Peixoto foram a liberdade de espaço
aéreo (o local não pode ser rota de
linhas comerciais), a área é plana
(tem declive menor de 1) e a proximidade com a USP de São Carlos, que tem possibilidade de formar mão-de-obra especializada
para a indústria aeronáutica.
Betty informou que as negociações com os proprietários das
áreas devem começar hoje, com
exceção da Cutrale, que já está negociando com o governo do Estado por iniciativa própria.
O motivo para a demora no início das negociações, segundo a secretária-adjunta, é que a análise
da área só foi concluída anteontem e só então o governo teve
acesso aos nomes dos proprietários das terras.
Betty confirmou os nomes de
três proprietários: Cutrale, Usina
Maringá, de Araraquara, e Marchesan Agropastoril, de Matão. O
quarto nome ela não soube dizer.
A secretária voltou a afirmar
que, caso não haja acordo, o Estado fará a desapropriação judicial
das áreas.
O governador Mário Covas
(PSDB) já havia feito essa afirmação durante o anúncio do local escolhido pela Embraer para construir sua nova fábrica, em 28 de
junho.
Segundo Betty, o governo pretende fazer uma desapropriação
amigável, chegando a um acordo
sobre o valor da desapropriação.
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