Ribeirão Preto, Quarta-feira, 19 de Julho de 2000


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ECONOMIA
Empresa pretende evitar desapropriação de seu terreno em fazenda
Cutrale oferece outra área à Embraer

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A Cutrale, indústria de sucos com sede em Araraquara, ofereceu duas áreas ao governo do Estado para a instalação da Embraer. A empresa se propôs a comprar a área e doar à Embraer, evitando a despesa pelo Estado.
O objetivo da Cutrale é evitar a desapropriação de parte de uma de suas fazendas de laranja. A área fica em Gavião Peixoto (118 km de Ribeirão Preto), no local escolhido pela Embraer para construir sua nova fábrica e uma pista de testes de aviões.
A secretária-adjunta de Ciência e Tecnologia do Estado, Betty Schifnagel Abramowicz, disse que já repassou as sugestões da Cutrale à Embraer para uma avaliação técnica.
"A Embraer passou um pente-fino no Estado e escolheu aquela área por razões técnicas. Acho muito difícil que eles não tenham analisado essas áreas oferecidas pela Cutrale porque essa região foi muito estudada", disse a secretária.
As áreas oferecidas pela Cutrale são vizinhas ao terreno escolhido pela Embraer.
As principais razões para a escolha do terreno em Gavião Peixoto foram a liberdade de espaço aéreo (o local não pode ser rota de linhas comerciais), a área é plana (tem declive menor de 1) e a proximidade com a USP de São Carlos, que tem possibilidade de formar mão-de-obra especializada para a indústria aeronáutica.
Betty informou que as negociações com os proprietários das áreas devem começar hoje, com exceção da Cutrale, que já está negociando com o governo do Estado por iniciativa própria.
O motivo para a demora no início das negociações, segundo a secretária-adjunta, é que a análise da área só foi concluída anteontem e só então o governo teve acesso aos nomes dos proprietários das terras.
Betty confirmou os nomes de três proprietários: Cutrale, Usina Maringá, de Araraquara, e Marchesan Agropastoril, de Matão. O quarto nome ela não soube dizer.
A secretária voltou a afirmar que, caso não haja acordo, o Estado fará a desapropriação judicial das áreas.
O governador Mário Covas (PSDB) já havia feito essa afirmação durante o anúncio do local escolhido pela Embraer para construir sua nova fábrica, em 28 de junho.
Segundo Betty, o governo pretende fazer uma desapropriação amigável, chegando a um acordo sobre o valor da desapropriação.


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