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Foco
Bares apostam em cobertor e aquecedores para evitar queda de movimento no frio
DA FOLHA RIBEIRÃO
Para não perder o cliente ribeirão-pretano acostumado
com calor o ano inteiro, bares e
restaurantes da cidade criaram alternativas para manter
suas mesas cheias no inverno
deste ano. Além de adicionarem ao cardápio pratos quentes e bebidas mais encorpadas, os empresários lançam
mão de aquecedores e até de
cobertores para agradar ao
público.
Marcelo Carneiro da Rocha, 49, dono do Cervejarium, bar com cardápio variado de cervejas gourmet e
artesanais, trouxe do exterior a ideia de oferecer cobertores aos clientes mais
friorentos. A novidade foi
apresentada ao público em
2006 e, desde então, passou a
ser repetida em todos os invernos, aliada aos aquecedores.
"Eu usei cobertor uma vez,
no ano passado. Nunca tinha
visto. Estava muito frio e ventando. Minhas amigas queriam ir embora. Aí, disseram
para a gente, super simpáticos:
"fica aí, a gente tem cobertor'",
disse a analista de importação
Beatriz Alves, 21.
Segundo Carlos Frederico
Marques, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes,
Bares e Similares de Ribeirão
Preto e região, em julho o faturamento de bares e restaurantes cai até 20%.
"Além do frio, este é um período de férias. Muita gente
viaja, os universitários vão embora", afirma Marques.
Segundo ele, é neste período
de queda no movimento que a
criatividade dos empresários
pode fazer diferença na hora
de atrair os clientes. "O ribeirão-pretano está acostumado
com o calor. No frio, ele pede
uma pizza e fica em casa. Se o
cliente souber que vai sair e
que não vai passar frio no bar,
ele vai ficar até mais tarde na
rua", disse.
As amigas Juliana Lopes e
Maria Cristina Ferreira, ambas 25, já têm na cabeça uma
lista de quais lugares em Ribeirão oferecem opções para que
elas não passem frio. Do Iê,
restaurante de comida japonesa onde os clientes ficam ao ar
livre, elas gostam dos aquecedores e das "mantinhas".
"É um investimento pequeno, mas que significa muito para o cliente. Um aquecedor estando próximo de uma mesa
dá uma sensação bem mais
agradável", afirma Daniel Ravagnani, 33, dono do Iê.
Guilherme Montefeltro Neto, 29, proprietário do Bar do
Surf, concorda. Neste inverno,
pela primeira vez, ele adotou
cobertores e aquecedores para
manter os clientes à mesa.
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