Ribeirão Preto, Quarta-feira, 20 de Janeiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Foco

Consumidores reclamam de informações confusas e lentidão no atendimento

DA FOLHA RIBEIRÃO

Demora no atendimento, prazos sempre prorrogados e informações confusas. São essas as principais queixas de quem já teve problemas com operadoras de telefonia e fabricantes de aparelhos celulares ouvidos pela Folha.
"Não tem fim. Venho reclamar, trago protocolos, documentos, eles pedem mais 15 dias e segue sem solução", disse o engenheiro aposentado José Carlos Vicentini Martins, 70. Ele disse enfrentar, desde março do ano passado, problemas com a Telefônica por causa de uma cobrança indevida do Speedy, serviço de internet banda larga.
Segundo Martins, ele não fez solicitação à empresa para obter o pacote. "Eu nem tenho computador em casa e não sabia o que era Speedy até isso ser cobrado na minha conta", afirmou. O aposentado disse ainda ter entrado em contato com o serviço de atendimento ao consumidor para tentar cancelar o débito, mas não obteve sucesso.
"Mandaram carta avisando que iam desligar e eu tentava cancelar o serviço. No fim, paguei e ainda fiquei 12 dias sem telefone", disse ele, que chegou a receber o modem para acessar a rede mas, no mesmo dia, devolveu o equipamento.
Em meio aos documentos que levou ontem à Telefônica, um papel notificava a devolução do produto emitido pela empresa. O Speedy foi cancelado, mas o aposentado não recuperou o prejuízo. Ele entrou no Juizado de Pequenas Causas e, em setembro, teve sentença favorável.
No começo deste mês, porém, nova surpresa. "Veio uma conta com débito referente a abril. Além de não receber o ressarcimento, ainda sou tido como caloteiro."
Em nota, a assessoria de imprensa da Telefônica informou que entrou em contato com Martins e que "tomou as medidas necessárias após o diálogo com o cliente".
Cobrança indevida também diz já ter sofrido o arquiteto Cléber Polverel, 47. "Com frequência vem ligação que não foi feita, números desconhecidos. Já tentei reclamar, mas desisti porque não tem solução. Como é uma corporação muito grande, o consumidor fica sem força para brigar. Ficamos refém da situação."
A publicitária Josieli dos Santos, 24, também sentiu-se de mãos atadas. Durante seis meses, seu celular ficou "preso" na assistência técnica. "Quebrou uma peça e me diziam que viria de São Paulo, porque aqui não tinha mais do mesmo modelo." Após tentativas, a publicitária conseguiu um aparelho novo. "Nem deveriam vender o produto, se a manutenção é falha."


Texto Anterior: Outro lado: Empresas dizem que investem para melhorar
Próximo Texto: Após pico, preço do álcool cai nos postos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.