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Foco
Consumidores reclamam de informações confusas e lentidão no atendimento
DA FOLHA RIBEIRÃO
Demora no atendimento,
prazos sempre prorrogados e
informações confusas. São essas as principais queixas de
quem já teve problemas com
operadoras de telefonia e fabricantes de aparelhos celulares ouvidos pela Folha.
"Não tem fim. Venho reclamar, trago protocolos, documentos, eles pedem mais 15
dias e segue sem solução", disse o engenheiro aposentado
José Carlos Vicentini Martins, 70. Ele disse enfrentar,
desde março do ano passado,
problemas com a Telefônica
por causa de uma cobrança
indevida do Speedy, serviço
de internet banda larga.
Segundo Martins, ele não
fez solicitação à empresa para
obter o pacote. "Eu nem tenho computador em casa e
não sabia o que era Speedy até
isso ser cobrado na minha
conta", afirmou. O aposentado disse ainda ter entrado em
contato com o serviço de
atendimento ao consumidor
para tentar cancelar o débito,
mas não obteve sucesso.
"Mandaram carta avisando
que iam desligar e eu tentava
cancelar o serviço. No fim, paguei e ainda fiquei 12 dias sem
telefone", disse ele, que chegou a receber o modem para
acessar a rede mas, no mesmo
dia, devolveu o equipamento.
Em meio aos documentos
que levou ontem à Telefônica,
um papel notificava a devolução do produto emitido pela
empresa. O Speedy foi cancelado, mas o aposentado não
recuperou o prejuízo. Ele entrou no Juizado de Pequenas
Causas e, em setembro, teve
sentença favorável.
No começo deste mês, porém, nova surpresa. "Veio
uma conta com débito referente a abril. Além de não receber o ressarcimento, ainda
sou tido como caloteiro."
Em nota, a assessoria de
imprensa da Telefônica informou que entrou em contato
com Martins e que "tomou as
medidas necessárias após o
diálogo com o cliente".
Cobrança indevida também
diz já ter sofrido o arquiteto
Cléber Polverel, 47. "Com frequência vem ligação que não
foi feita, números desconhecidos. Já tentei reclamar, mas
desisti porque não tem solução. Como é uma corporação
muito grande, o consumidor
fica sem força para brigar. Ficamos refém da situação."
A publicitária Josieli dos
Santos, 24, também sentiu-se
de mãos atadas. Durante seis
meses, seu celular ficou "preso" na assistência técnica.
"Quebrou uma peça e me diziam que viria de São Paulo,
porque aqui não tinha mais
do mesmo modelo." Após tentativas, a publicitária conseguiu um aparelho novo. "Nem
deveriam vender o produto,
se a manutenção é falha."
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