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Quatro são detidos e liberados em Ribeirão por jogos ilegais
DA FOLHA RIBEIRÃO
Desde o início deste mês, a
PM (Polícia Militar) deteve
quatro pessoas e apreendeu 39
máquinas para apostas em Ribeirão Preto, entre caça-níqueis, computadores e videobingos. Apesar disso, ninguém
foi preso porque os donos das
máquinas respondem apenas
por exploração de jogos de azar,
o que não é considerado crime,
mas contravenção penal, cuja
condenação máxima prevista é
de um ano de prisão.
Em casos como esses, a polícia registra boletim de ocorrência e o infrator fica comprometido a se apresentar ao Jecrim
(Juizado Especial Criminal),
criado para tratar das infrações
penais de menor potencial
ofensivo.
A diferença entre as apreensões isoladas da PM e a Operação Cassino, segundo o delegado responsável pelas investigações, Edson Geraldo de Souza,
é que a PF, depois de quase um
ano de inquérito, conseguiu
identificar "a formação de uma
sociedade secreta" composta
por cerca de 60 pessoas ligadas
direta ou indiretamente ao jogo, o que caracteriza formação
de quadrilha.
Além disso, como as máquinas usadas nos bingos têm
componentes estrangeiros que
não podem ser importados para o Brasil, os envolvidos também foram indiciados por contrabando. Na operação, 30 bingos clandestinos foram estourados pelos policiais.
Agora, a PF estuda propor ao
Ministério Público Federal que
os donos de casas que alugavam
os imóveis para os "bingueiros"
percam suas propriedades. Alguns proprietários já foram ouvidos. "Esses imóveis são instrumentos do crime. Apuramos
que alguns aluguéis eram diferenciados [mais caros] e os contratos fechados por três a quatro meses", afirmou o delegado.
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