Ribeirão Preto, Domingo, 21 de Março de 2010

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Quatro são detidos e liberados em Ribeirão por jogos ilegais

DA FOLHA RIBEIRÃO

Desde o início deste mês, a PM (Polícia Militar) deteve quatro pessoas e apreendeu 39 máquinas para apostas em Ribeirão Preto, entre caça-níqueis, computadores e videobingos. Apesar disso, ninguém foi preso porque os donos das máquinas respondem apenas por exploração de jogos de azar, o que não é considerado crime, mas contravenção penal, cuja condenação máxima prevista é de um ano de prisão.
Em casos como esses, a polícia registra boletim de ocorrência e o infrator fica comprometido a se apresentar ao Jecrim (Juizado Especial Criminal), criado para tratar das infrações penais de menor potencial ofensivo.
A diferença entre as apreensões isoladas da PM e a Operação Cassino, segundo o delegado responsável pelas investigações, Edson Geraldo de Souza, é que a PF, depois de quase um ano de inquérito, conseguiu identificar "a formação de uma sociedade secreta" composta por cerca de 60 pessoas ligadas direta ou indiretamente ao jogo, o que caracteriza formação de quadrilha.
Além disso, como as máquinas usadas nos bingos têm componentes estrangeiros que não podem ser importados para o Brasil, os envolvidos também foram indiciados por contrabando. Na operação, 30 bingos clandestinos foram estourados pelos policiais.
Agora, a PF estuda propor ao Ministério Público Federal que os donos de casas que alugavam os imóveis para os "bingueiros" percam suas propriedades. Alguns proprietários já foram ouvidos. "Esses imóveis são instrumentos do crime. Apuramos que alguns aluguéis eram diferenciados [mais caros] e os contratos fechados por três a quatro meses", afirmou o delegado.


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