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Patrulha da Guarda Municipal cai 32%
Superintendência da corporação diz que tem prezado pela qualidade no trabalho de patrulhamento, não pela quantidade
Curso de requalificação, que reduziu número de profissionais nas ruas, é apontado como um dos motivos para a queda
LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Estatísticas da GCM (Guarda
Civil Municipal) mostram que
os patrulhamentos feitos em
escolas, postos de saúde e praças caíram 32% de janeiro a
agosto, na comparação com
2008. Em números, são 31.830
patrulhas a menos.
A queda mais acentuada envolve os patrulhamentos diversos: 38,3%. Também houve recuo nos patrulhamentos em
unidades de saúde (-30,4%),
praças (-26,5%) e escolas municipais (-21,6%).
Um médico da UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde)
Central, que pediu para não ser
identificado, disse que a insegurança é frequente. "Há
ameaças, pessoas alcoolizadas,
situações que a gente não tem
controle", afirmou.
Já o presidente regional do
Sindicato dos Médicos, Marco
Aurélio de Almeida, disse que o
órgão não tem reclamações recentes sobre insegurança de
profissionais que trabalham
nas unidades de saúde.
A superintendência da GCM
diz que tem prezado pela qualidade e não pela quantidade.
O superintendente da corporação, André Luiz Tavares, afirmou que há três meses os guardas estão passando por cursos
de requalificação, o que colaborou para a queda do efetivo nas
ruas e, consequentemente, dos
patrulhamentos.
Tavares disse que o curso é
uma exigência do Ministério da
Justiça. "Não adianta por o
guarda na rua se ele não estiver
preparado. Está na penúltima
turma e em meados de novembro vou ter todo mundo na
rua", afirmou.
Ele disse que a GCM tem feito patrulhas mais demoradas.
"A minha orientação é que o
guarda não faça 50 patrulhamentos correndo em oito horas, que faça 30, mas com qualidade", contou.
Segundo informou Tavares, a
GCM conta com 193 guardas. A
falta de efetivo é evidente. Ontem, o posto fixo que a GCM
mantém no calçadão estava fechado nas duas ocasiões em
que a Folha passou pelo local
no período da tarde.
De acordo com Tavares, dois
guardas atuam na base do calçadão, um de manhã e outro à
tarde. Se o servidor falta, não
há substituto. Ele disse ainda
que mais 39 guardas devem ingressar na GCM em breve.
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