Ribeirão Preto, Domingo, 22 de Fevereiro de 2009

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Taquaritinga espera 22 mil para o Batatão

Mais famoso trio elétrico da região reuniu 15 mil anteontem, segundo a organização, ao som de Ivete e Chiclete com Banana

Um quinto do público das cinco noites de Carnaval é formado por turistas, principalmente de Matão, Jaboticabal e Monte Alto

Márcia Ribeiro/Folha Imagem
Foliões se divertem em Taquaritinga ao som do trio Batatão, que deve reunir 22 mil pessoas hoje na cidade, segundo a organização

JULIANA COISSI
ENVIADA ESPECIAL A TAQUARITINGA

Durante 360 dias do ano, ele figura como um anônimo escondido no almoxarifado da Prefeitura de Taquaritinga. Mas, nos cinco dias restantes, o caminhão Chevrolet ano 60, roxo, estaciona no centro da cidade para se tornar o palco do trio elétrico Batatão, que prevê reunir 100 mil até terça-feira e que, só hoje, deve animar o Carnaval de 22 mil foliões.
As ruas de Taquaritinga, cidade de pouco mais de 53 mil habitantes, recebe de 10 mil a 20 mil pessoas por noite, com picos de 22 mil em dias como ontem e hoje. Cerca de 20% desse público vem de cidades da região, principalmente Matão, Jaboticabal e Monte Alto.
O boom populacional provocado pelos foliões exige que as ruas de Taquaritinga sejam preparadas. O quadrilátero central começa a ser fechado no fim da tarde, quando as lojas encerram o expediente. Além do apoio da PM, a prefeitura contratou 140 seguranças, que revistam cada pessoa que queira chegar ao trio elétrico.
"As pessoas podem entrar de graça, mas são revistadas e não entram com vidro ou latas. Nós procuramos investir em segurança para evitar qualquer incidente", afirmou o secretário da Cultura, Marcos Marona, 49, presidente da Comissão de Carnaval de Taquaritinga.
Pensando nos idosos e crianças, que chegam fantasiadas como se fossem a um clube, a folia começa mais cedo. A Banda Matrix, com instrumentos de sopro, promove a partir das 21h um Carnaval ao som das tradicionais marchinhas.
O som cuja estrutura é sustentada pelo velho Chevrolet roxo amplifica-se pelas ruas da cidade graças a dez torres de som. Das sacadas dos prédios e mesmo à beira da calçada, os vizinhos obrigatórios do trio não se queixam de estarem colados à folia. Pelo contrário.
O contador Agnaldo Mendes, 38, reabriu seu escritório de contabilidade após o expediente só para buscar cervejas e colocar cadeiras na calçada para a sogra Maria Baveloni, 50, e sua família.
Às 23h, as marchinhas cedem espaço ao som que justifica o termo trio elétrico: a festa é dominada pelo axé de Ivete Sangalo e Chiclete com Banana. São algumas das bandas selecionadas pelo empresário Guilherme Mantese, 48.
Mantese cuida do som desde a fundação do trio. "Eu gravava as músicas em fitas cassetes", afirmou. Atualmente, o empresário tem o apoio de um DJ para reproduzir o som.
Mas a festa em Taquaritinga começa muito antes das marchinhas. Nas ruas em torno do trio, grupos de amigos alugam casarões antigos e formam as chamadas repúblicas.
São dez as maiores repúblicas, que chegam a reunir 300 integrantes -o total de grupos, no entanto, chega a 40. São as repúblicas os embriões dos blocos que desfilam junto com as escolas de samba, hoje e terça.


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