Ribeirão Preto, Quarta-feira, 22 de Junho de 2011

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Vereador afirma que imprensa local o persegue

DE RIBEIRÃO PRETO

O vereador Oliveira Júnior (PSC) disse ontem, em entrevista coletiva, que sua ex-assessora parlamentar Eliana Steinkopf Caetano não era funcionária-fantasma e criticou órgãos de imprensa que, segundo ele, têm interesses em atacá-lo.
Ele apresentou documentos -entre eles dados de recebimento de aposentadoria e firmas reconhecidas em cartório- que, para ele, provam que Eliana vive e trabalha em Ribeirão desde 2008.
As firmas reconhecidas em cartório tinham data de ontem e o detalhamento de crédito da previdência social é referente a este mês. A suposta ex-funcionária-fantasma, exonerada ontem pela presidência da Casa, não compareceu à entrevista.
Oliveira disse que Eliana não falaria com repórteres porque tem 60 anos e para não ficar "mais exposta". Ele afirmou que não questionou a exoneração por "respeito ao presidente" Nicanor Lopes (PSDB).
A informação de que Eliana, mãe da namorada do vereador, ganhava cerca de R$ 1.200 no Legislativo local, mas mora em Vila Velha (ES), foi publicada no domingo pelo jornal "A Cidade" -o Ministério Público afirmou que vai investigar o caso.
Na entrevista, Oliveira lembrou outro caso. A Promotoria o denunciou sob suspeita de dirigir em alta velocidade e de forma perigosa, além de desacato a funcionário público. Ele disse que o assunto ganhou destaque exagerado da TV Clube (afiliada da Band em Ribeirão).
Segundo Oliveira, a emissora o persegue porque há "resíduos financeiros" a serem pagos por ele referentes ao período em que o vereador tinha uma "parceria" com a emissora.
Já sobre o jornal "A Cidade", o vereador afirmou, sem citar o nome, que um dos diretores da empresa já foi funcionário-fantasma na prefeitura e que o veículo faz "denúncias" contra ele para encobrir fatos relacionados a "políticos de Ribeirão que estão em Brasília" -cujos nomes ele não quis citar.

OUTRO LADO
Em nota, a TV Clube afirmou que os "casos envolvendo o parlamentar foram tratados jornalisticamente de forma responsável".
Procurado, o diretor editorial de "A Cidade", João Garcia, disse que não há motivos para comentar as acusações de Oliveira Júnior.


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