Ribeirão Preto, Terça-feira, 22 de Dezembro de 2009

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Vítima de racismo se diz surpresa pela repercussão do caso em Ribeirão Preto

DA FOLHA RIBEIRÃO

Pouco mais de uma semana após ter sido vítima de racismo e sofrer agressão de três estudantes de medicina, o auxiliar de serviços gerais Geraldo Garcia, 55, se diz surpreendido com a repercussão do caso.
"Tem gente que me reconhece na rua e vem conversar comigo, dar apoio e falar que ficou chocado com a história. Além disso, pessoas que eu já trabalhei e não vejo faz tempo têm me ligado para saber como estou. Fiquei muito feliz em ver que tem gente que sabe definir o certo do errado", disse.
No último dia 12, Garcia ia para o trabalho de bicicleta quando três universitários bateram com o tapete do carro em suas costas na avenida Francisco Junqueira. Ele se desequilibrou da bicicleta e caiu. Segundo Garcia e testemunhas que estavam em um posto de gasolina perto do local, os estudantes vibraram após a agressão e gritaram "ô, nêgo".
Os estudantes foram liberados 12 horas depois de pagarem fiança individual no valor de 12 salários mínimos (R$ 5.580).
A mãe de um dos envolvidos, Roseli Amarilda Pechulo Silva, enviou e-mail ao Centro Cultural Orùnmila, que deu apoio a Garcia, dizendo que gostaria de abraçá-lo e pedir desculpas. Disse ainda que o filho não é racista e, além de ter amigos negros, faz parte de um grupo de pagode.
Mineiro, Garcia mora há oito anos em Ribeirão e disse que se sentiu acolhido pela cidade. "É um lugar muito bom para se viver, tem trabalho e o povo é generoso."


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