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SEGURANÇA
Mapa da violência na cidade deixa área norte; bairros tranquilos, como Vila Tibério, têm mais homicídios
Zona oeste á a mais violenta de Ribeirão
da Folha Ribeirão
O mapa da violência em Ribeirão
Preto sofreu neste ano uma mudança de configuração, com a zona
oeste da cidade passando a liderar
o ranking de mortes violentas e ultrapassando a região norte que, no
ano passado, foi o local com o
maior número de homicídios.
Ao mesmo tempo, regiões como
a Vila Tibério e Ipiranga tiveram o
número de mortes violentas aumentado em 75%. Já, em contrapartida, a região do Campos Elíseos diminuiu em mais da metade
o número de mortes violentas.
De acordo com levantamento da
DIG (Delegacia de Investigações
Gerais), a área do 6º Distrito Policial (da Vila Virgínia, Parque Ribeirão e Jardim Centenário) é a região mais violenta da cidade, com
27 mortes registradas este ano,
contra 21 até maio do ano passado.
A área do 5º Distrito (Quintino
Facci 2, Simioni) perdeu a primeira colocação, mas ainda mantém
um alto número de mortes violentas (26 em 99, contra 24 no mesmo
período do ano passado).
Segundo o delegado do 6º DP, José Gonçalves Neto, o alto número
de mortes violentas na área está relacionado aos problemas sociais
dos bairros da região.
"São locais com um alto número
de favelas e de pessoas sem emprego, que acabam apelando para a
criminalidade", disse.
Para ele, é necessário um policiamento preventivo e uma maior
cuidado com as questões sociais.
"Estamos procurando agilizar as
investigações e cumprir os pedidos de prisão o mais rápido possível, mas sabemos que só isso não
irá resolver o problema", disse.
Outra área que contabilizou um
grande aumento da violência foi a
do 3º DP (Vila Tibério, Ipiranga,
Sumarezinho), que registrou este
ano 21 mortes violentas, contra 12
no ano passado.
"Cobrimos uma das maiores
áreas de Ribeirão Preto, com uma
população de mais de 100 mil habitantes, e estamos vendo o reflexo
do aumento da criminalidade em
geral. Já registramos este ano 2.500
ocorrências, quase o mesmo número do ano passado todo", disse
o delegado do 3º DP, Marcos César
Borges.
Moradores dos bairros reclamam da violência e da falta de controle da polícia. "Estou me mudando daqui, pois quero segurança",
disse a técnica de laboratório aposentada Idalina Vani Ferreira, que
mora na Vila Tibério (leia texto
nesta página).
O delegado do setor de homicídios da DIG Samuel Zanferdini
afirma que as mortes violentas são
cíclicas e difíceis de serem prevenidas.
"No ano passado, intensificamos
a ação na área do 2º DP e obtivemos resultado, pois os homicídios
caíram lá. Mas, às vezes, os líderes
do tráfico acabam se mudando de
local", disse.
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