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Hantavirose causa morte de jovem em Ribeirão
Doença que matou estudante não tinha registro na cidade havia três anos
Morte ocorreu em maio, mas resultado do exame saiu ontem; caso chegou a ser tratado como uma suspeita de gripe suína
DE RIBEIRÃO PRETO
Depois de três anos sem registrar nenhum caso de hantavirose, Ribeirão Preto confirmou uma morte pela doença. A Secretaria da Saúde informou ontem que o estudante Heli Elton Silva Idalgo,
16, morreu no dia 25 de maio
com hantavirose.
Na época da morte de Idalgo, a secretaria chegou a suspeitar que o adolescente tinha sido vítima de gripe suína, mas a doença foi descartada na semana passada.
Segundo a enfermeira da
Vigilância Epidemiológica
Hercilia Renata Médici de
Mattos a Faculdade de Medicina da USP (Universidade
de São Paulo) de Ribeirão
Preto e a vigilância estão fazendo uma pesquisa para detectar a presença, na cidade,
de ratos silvestres, que são os
principais transmissores da
hantavirose.
"A hantavirose é transmitida pela saliva, fezes e urina
dos ratos silvestres. Basta
respirar num lugar que tenha
o vírus para ser infectado",
afirmou Mattos.
Idalgo morava no Jardim
Paiva, próximo a uma mata.
A região deve ser investigada
na tentativa de descobrir o local onde ele foi infectado.
Segundo dados do CVE
(Centro de Vigilância Epidemiológica), neste ano foram
registrados 12 casos de hantavirose no Estado de São
Paulo, com seis mortes. No
ano passado foram 13 casos
com seis mortes.
DENGUE
Mesmo depois de seis meses do início da epidemia de
dengue em Ribeirão Preto, a
prefeitura continua buscando auxílio judicial para entrar em imóveis onde há possíveis criadouros do transmissor da doença.
Ontem, a equipe de Controle de Vetores entrou em
uma casa na Vila Tibério.
Além de focos do mosquito,
foram encontrados ratos e escorpiões. A prefeitura retirou
oito caminhões de lixo e mais
dois com galhos e árvores.
"Achamos larvas do mosquito da dengue e é uma casa
onde já foi preciso entrar outras duas vezes por meio de
liminar", disse a chefe do
Controle de Vetores de Ribeirão, Maria Lúcia Biagini.
De acordo com ela, não há
mais pedidos judiciais para
entrar em imóveis fechados
porque a recusa ao acesso
tem sido pequena.
"Os problemas são as casas fechadas, pois os moradores estão trabalhando no
horário em que passamos. O
índice é em torno de 30% e,
nestes casos, voltamos mais
tarde para tentar ampliar o
bloqueio", afirmou.
Antes dessa decisão, a Justiça já havia concedido outras 26 liminares para entrada em imóveis fechados. Até
ontem, Ribeirão Preto confirmou 26.138 registros de dengue neste ano e é o município
campeão de casos no Estado.
Outros 994 exames aguardam resultados.
Hoje, os agentes de saúde
realizam um arrastão nos
bairros Jardim Juliana e Parque Flamboyant. Segundo a
Secretaria da Saúde, nos locais há alto índice de contaminação.
(HÉLIA ARAÚJO E LIGIA SOTRATTI)
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