Ribeirão Preto, Terça-feira, 24 de Novembro de 2009

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Casos de dengue aumentam em Ribeirão

Número de atingidos pela doença em novembro já supera o total do mês nos três anos anteriores

LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Novembro ainda nem terminou e o número de casos de dengue em Ribeirão Preto já é maior do que o registrado no mesmo mês em anos anteriores. De acordo com dados da Secretaria da Saúde, são dez casos confirmados neste mês, ante seis em novembro de 2006, cinco em 2007 e três, em 2008.
O aumento de casos preocupa as autoridades de saúde porque é apenas o início do período em que é registrada a maior proliferação da doença -o pico previsto é de fevereiro a maio.
A chefe da Divisão de Controle de Vetores, Cristina O'grady Lima, disse que a situação é preocupante não apenas por causa do aumento de casos, mas também porque o Índice de Breteau está alto.
O índice, que é usado para medir a infestação por larvas do mosquito Aedes aegypti, está em 2,6 em Ribeirão. O patamar aceitável pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é 1.
De acordo com Lima, uma das ações previstas para tentar evitar o aumento nos casos de dengue vai ocorrer no próximo sábado, dia 28. Será feito um arrastão em vários bairros para eliminar recipientes que servem como criadouros do mosquito transmissor da doença.
No acumulado de 2009, Ribeirão soma 1.459 casos, número que também supera o total de casos de 2008 (1.058).
Segundo Lima, os exames para comprovação dos casos da doença ficaram mais rápidos neste ano, o que colaborou para a maior variação na comparação com o ano passado.
Outro fator que ajudou a ampliar o número de casos foi o acúmulo de materiais recicláveis por vendedores desses produtos. Por causa da crise, o preço de venda do material caiu e muitos estocaram os produtos, na esperança de conseguir um melhor preço.
Essa queda é confirmada por empresas do setor. "Agora a situação está dando uma melhorada", disse Roger Miller, da Acúmulo Recicláveis, que compra e vende os materiais. Segundo ele, o preço do quilo da lata de alumínio caiu de R$ 8 para R$ 3 durante a crise.
"O trabalho de reciclagem é importante, porque é fonte de renda e tem um caráter ambiental, mas é preciso acondicionar esses materiais de maneira correta", afirmou a chefe de divisão.


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