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Desarticulação pode fazer criança
ser atendida por vários programas
DA FOLHA RIBEIRÃO
A desarticulação na rede pode
fazer com que vários programas
diferentes atendam a mesma
criança, de acordo com a presidente do Conselho dos Direitos
da Criança e do Adolescente, a
psicóloga da USP Marina Rezende Bazon.
"Um menor já foi cuidado por
seis profissionais diferentes.
Quando eles passam "de mão em
mão", várias vezes pelo mesmo
procedimento, isso acaba sendo
prejudicial para a criança."
Ela aponta como solução uma
integração na rede. "É preciso ter
objetivos e metodologia nos programas de atendimento. Deveria
haver um só encaminhamento e
um trabalho contínuo."
Outra crítica feita pela presidente são os casos cuja gravidade é
grande. "São tantas mazelas sociais e econômicas que nem o
profissional sabe para onde encaminhar a criança. Muitas vezes,
acaba mandando-a para o Judiciário, que não é o órgão adequado para isso."
A análise da psicóloga é de que a
rede de atendimento de Ribeirão
"é cheia de buracos". "É mais ou
menos como se as entidades enxugassem o chão sem fechar a torneira. A política assistencialista é
necessária, existe em um número
razoável em Ribeirão, mas é necessário se encontrar causas mais
profundas e realizar medidas de
saneamento."
Ela afirma ainda que, no atendimento às famílias, os problemas
não deveriam ser limitar aos financeiros, devendo haver uma intervenção social.
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