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Família de detento assassinado em
Vila Branca revolta-se com crime
DA FOLHA RIBEIRÃO
O velório do detento Márcio
Adriano Jorge, 25, morto ontem
na Cadeia Pública de Vila Branca,
foi marcado por revolta dos familiares com os policiais de São Joaquim da Barra.
Segundo a família, a transferência de Jorge para a cadeia de Ribeirão foi feita de madrugada e
descumprindo uma promessa da
juíza de São Joaquim da Barra,
Maria Clara Schimith de Freitas.
"Ela (Maria Clara) prometeu que
não iria transferir ninguém, mas
eles (os policiais) levaram ele de
madrugada", disse o cunhado de
Jorge, Paulo Elias Adolfo.
Adolfo disse, ainda, que o cunhado não liderou a rebelião nem
participou da morte do colega. "A
juíza pediu para ele conversar
com os outros presos para que
eles parassem com a rebelião. E
parou", disse.
O marceneiro também disse
que vai querer apurar as denúncias de que Jorge teria sido agredido dentro da cadeia, após a rebelião. "Disseram para nós que ele
foi espancado e teve até o punho
quebrado", afirmou.
Adolfo disse que a família deve
entrar na Justiça para tentar receber uma indenização. "Minha irmã tem um filho de cinco anos.
Como ela vai cria-lo agora?"
O diretor da cadeia de São Joaquim da Barra, José Bernardino
Alecrim, 43, disse que Jorge foi
transferido da unidade porque foi
um dois líderes da rebelião. A
transferência, no entanto, seria
até a reforma das quatro celas que
foram danificadas.
Alecrim disse que não comentaria as acusações de agressão. "Você tem de perguntar para a família. Se ele fosse santo, não estaria
aqui (na cadeia). Se eles falaram,
que provem. Eu não digo que sim,
nem que não", disse.
A juíza de São Joaquim da Barra
foi procurada, mas não foi encontrada durante a tarde de ontem
para comentar o assunto.
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