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Prefeitura quer desmembrar a Lei do Mobiliário Urbano
Objetivo é acelerar regulamentação da publicidade externa em Ribeirão Preto
Além de mirar outdoors e similares, o projeto teria regras específicas para o combate à poluição visual das fachadas no centro
DA FOLHA RIBEIRÃO
A Prefeitura de Ribeirão Preto pode desmembrar a lei do
Mobiliário Urbano, a peça do
Plano Diretor que trata de poluição visual, para agilizar a regulamentação da publicidade
externa na cidade. Quem afirma é o secretário de Planejamento e Gestão Pública de Ribeirão, Ivo Colichio Júnior.
"Meu medo é que a votação
dessa peça demore e a regulamentação da publicidade também demore para acontecer na
prática", disse Colichio.
De acordo com o Regimento
Interno da Câmara, a tramitação de um projeto de lei até a
votação em plenário leva dez
dias. Em contrapartida, peças
do Plano Diretor devem permanecer no Legislativo para
análise dos vereadores e comissões permanentes por 75 dias,
sem contar o prazo para a realização de audiências públicas.
"Elaborar uma lei específica
para outdoors e fachadas ainda
não é uma coisa definida. Nós
precisamos discutir isso internamente e com a prefeita. Mas
vamos consultar os setores envolvidos e o Comur [Conselho
Municipal de Urbanismo]."
A Lei do Mobiliário Urbano é
a única das cinco peças complementares ao Plano Diretor que
não foi votada. Passou dois
anos engavetada na Câmara e
foi retirada para revisão no ano
passado. Entre os artigos mais
polêmicos, que contribuíram
para a que a votação não acontecesse, estão pontos relativos
à publicidade em fachadas, outdoors e megalights. É que o Mobiliário prevê aumentar a distância entre megalights, de
acordo a dimensão da peça e da
via onde ela for instalada.
No caso da av. Presidente
Vargas, uma das mais poluídas
da cidade, o espaçamento entre
um megalight (75 m2) e outro
teria de ser de 123 metros.
Segundo Colichio, o projeto
de lei específico para a publicidade externa deverá, no mínimo, ser tão restritivo como já
são as regras já previstas no
Mobiliário Urbano.
Além de mirar outdoors e similares, o projeto para regulamentar a publicidade externa
na cidade teria regras específicas para o quadrilátero central,
o que hoje não está previsto no
Mobiliário Urbano. Nesse caso,
o alvo da mudança são as fachadas do comércio, que não seguem padronização.
Atualmente, não há limitação de tamanho para publicidade indicativa, nem no quadrilátero central nem em nenhuma outra parte da cidade.
O que varia é o preço que a
prefeitura cobra dos comerciantes. Para placas com até 5
m2, a taxa mensal é de R$ 6,35 e
para elementos maiores é cobrado o valor de R$ 1,27 por m2.
A Folha procurou a prefeita
Dárcy Vera (DEM) para perguntar quais são os projetos dela para diminuir a poluição visual na cidade. A assessoria informou que ela só vai falar sobre o assunto depois de discuti-lo com o Planejamento.
(VERIDIANA RIBEIRO)
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