Ribeirão Preto, Quinta-feira, 25 de Março de 2010

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Assaltos a repúblicas motivam protesto

Sete casas em Araraquara foram roubadas em 15 dias

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Estudantes da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Araraquara protestaram em frente à prefeitura anteontem contra o que chamam de uma onda de assaltos a repúblicas na cidade. Nas últimas duas semanas, sete casas de universitários foram assaltadas e em algumas os moradores foram feitos reféns.
O último alvo, no domingo passado, foi a república Puleiro, uma das mais tradicionais, na região central. "Levaram tudo, aparelhos, computador, até mesmo as roupas dos meus amigos", disse o estudante Jorge Luiz Pereira Campos, 24, um dos organizadores do protesto.
Na república Caldeirão, assaltada domingo retrasado, quatro garotas foram rendidas e levadas para o quarto por um ladrão. Roselaine Batista da Silva, 26, estudante de pedagogia, e uma amiga chegavam à casa no momento que as outras quatro amigas com que vivem eram vítimas do assalto.
"Eu entrei, abri a porta, e o assaltante gritou: "Entra, senão eu te mato." De reflexo, eu tranquei a porta, saí correndo e fugi para chamar a polícia", disse.
A estudante, no entanto, reclamou da demora da Polícia Militar. "Ligamos umas cinco vezes para a polícia, que só foi aparecer 40 minutos depois. E ainda insinuaram que nós estudantes é que atraímos ladrões por fazermos festas." A reportagem tentou ouvir a corporação sobre a crítica, não mas não recebeu resposta.
Não existe um levantamento oficial da prefeitura sobre quantas repúblicas existem na cidade, mas há pelo menos 54 delas com estudantes ligados à Unesp, segundo relata o "Guia do Bixo" distribuído aos calouros neste ano.
Durante o protesto, uma comissão de alunos foi recebida pelo secretário de Segurança Pública, José Antonio Spera, que marcou para hoje uma reunião com os estudantes e a Polícia Militar.
A Unesp informou que, depois dos roubos, o presidente do conselho diretor do campus, José Roberto Ernandes, anunciou que vai levantar o total de alunos que vivem em repúblicas e depois se reunir com diretores da faculdade para pedir mais apoio da PM.


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