Número chegou ontem a 6.191 casos, superando o total de 2006, até então a pior epidemia registrada desde 1990; doença também avança na região

LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Números da Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto confirmam que, oficialmente, a cidade enfrenta neste ano a pior epidemia de dengue da história. Ribeirão chegou ontem a 6.191 casos da doença, superando as 5.997 confirmações de 2006, até então o pior ano.
As ocorrências começaram a ser contadas oficialmente na cidade em 1990, quando houve a primeira epidemia da doença, com 2.305 pessoas infectadas.
A chefe da Vigilância Epidemiológica de Ribeirão, Ana Alice de Castro e Silva, disse que o novo recorde já era esperado. "Os casos continuam subindo, ainda não entramos na curva descendente", disse.
O avanço da dengue, porém, não é exclusividade de Ribeirão. Com a proximidade do pico de transmissão, historicamente registrado em abril, os casos da doença têm aumentado com mais velocidade, deixando mais municípios em situação de epidemia.
Uma das maiores altas de casos ocorreu em Ibitinga, que saltou de 120 confirmações no início do mês para 465, ontem. Com o número atual, a taxa de pessoas contaminadas por dengue é de 8,7 a cada mil habitantes, bem acima da taxa de três casos por mil, que caracteriza uma epidemia.
Taquaritinga também vive situação epidêmica e chegou aos 465 casos de dengue. "Com certeza esse número ainda vai dobrar em uma semana", disse o diretor do Controle de Vetores de Taquaritinga, Adriano Araújo, em razão do avanço rápido da doença na cidade.
Segundo ele, em arrastões realizados nos últimos dois finais de semana a prefeitura retirou 234 toneladas de entulhos. Em Barretos, que tem 241 casos da doença, também já foram recolhidas 225 toneladas de entulhos das casas.


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