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Blitz vê irregularidades em lavoura de tomate
Entre os problemas encontrados estão a falta de condições na armazenagem e manuseio de agrotóxicos
JEAN DE SOUZA
ENVIADO A SANTO ANTÔNIO DA
ALEGRIA
Condições de trabalho precárias em plantações de tomate
de Altinópolis e Santo Antônio
da Alegria foram alvos, nos últimos dois dias, do grupo de fiscalização móvel rural do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.
O grupo de 14 fiscais e uma
procuradora visitou sete propriedades. Em todas foram encontradas irregularidades. Entre elas, trabalhadores sem
equipamentos de proteção,
condições precárias de moradia, falta de banheiros e refeitórios no campo, falta de condições na armazenagem e manuseio de agrotóxicos, jornada excessiva e descumprimento de
vários itens trabalhistas.
Foi a primeira vez que as lavouras de tomate das duas cidades foram fiscalizadas, segundo
Roberto Figueiredo, coordenador do grupo móvel do Ministério do Trabalho.
Uma das principais preocupações dos fiscais no cultivo do
tomate, segundo Figueiredo, é
a exposição dos trabalhadores
aos agrotóxicos. Para que eles
não sejam contaminados pelos
defensivos, precisam utilizar
uma roupa impermeável, que
deve ser lavada pelo produtor a
cada aplicação.
No sítio São Vicente, em Altinópolis, os fiscais flagraram um
adolescente de 17 anos borrifando defensivos sem roupa
apropriada. Nenhum dos 40
trabalhadores possuía a proteção, que chegou ontem, um
mês após o início dos trabalhos
e um dia após a fiscalização.
Aos fiscais, o dono do sítio,
José Favaretto, disse que todos
possuíam equipamentos e não
sabia o motivo de não estarem
sendo usados. Quanto aos menores, alegou desconhecer a
existência deles na lavoura.
Em sua propriedade também
foram encontradas condições
precárias de moradia. Ele firmou TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público do Trabalho se
comprometendo a retirar os
trabalhadores dos imóveis.
As sete propriedades fiscalizadas irão receber multas pelas
irregularidades encontradas.
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