Ribeirão Preto, Sábado, 26 de Junho de 2010

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Ar da região está saturado por ozônio

Nível de concentração do gás ainda é moderado, mas já preocupa; ar foi monitorado nas estações da Cetesb

Exposição pode causar irritação nos olhos e na garganta e agravar problemas de saúde de idosos e crianças

JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO

O ar da região de Ribeirão está saturado, ainda que moderadamente, por ozônio, gás nocivo ao ser humano.
É o que aponta a edição 2009 do Relatório de Qualidade do Ar, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, que deve ser divulgado nas próximas semanas.
A situação poderia ser pior, já que há dois níveis de saturação por ozônio acima do grau obtido por Ribeirão.
No Estado, a área mais saturada é a região metropolitana de São Paulo. A classificação de Ribeirão foi feita a partir do monitoramento da qualidade do ar, entre 2007 e 2009, na estação local da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), e também vale para para cidades a menos 30 quilômetros, como Batatais e Sertãozinho.
Na outra estação da Cetesb na região, que fica em Araraquara, a situação do ozônio foi definida como "em vias de saturação". Essa classificação inclui São Carlos e Matão, entre outros.
Segundo a gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado), Maria Helena Martins, para a avaliação do ozônio, são considerados os índices mais altos de concentração do gás.
A partir desses resultados, são definidos parâmetros para políticas públicas. Em áreas consideradas com nível saturado, por exemplo, novas fontes poluidoras como fábricas precisam compensar suas emissões.
A frota de carros e as queimadas de cana-de-açúcar são as principais fontes de ozônio na região de Ribeirão, segundo a pesquisadora do Departamento de Química da USP de Ribeirão Maria Lúcia Moura Campos.
"As pessoas têm a impressão de que o ozônio é benéfico, mas isso só acontece na estratosfera, onde ele filtra os raios solares. Na camada em que nós respiramos, ele é altamente prejudicial."
Segundo o médico Marcos Arbex, do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, a exposição ao ozônio causa irritação nos olhos e na garganta. Para idosos, crianças e portadores de doenças cardíacas e respiratórias agrava problemas de saúde.


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