|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ar da região está saturado por ozônio
Nível de concentração do gás ainda é moderado, mas já preocupa; ar foi monitorado nas estações da Cetesb
Exposição pode causar irritação nos olhos e
na garganta e agravar problemas de saúde
de idosos e crianças
JEAN DE SOUZA
DE RIBEIRÃO PRETO
O ar da região de Ribeirão
está saturado, ainda que moderadamente, por ozônio,
gás nocivo ao ser humano.
É o que aponta a edição
2009 do Relatório de Qualidade do Ar, da Secretaria de
Estado do Meio Ambiente,
que deve ser divulgado nas
próximas semanas.
A situação poderia ser
pior, já que há dois níveis de
saturação por ozônio acima
do grau obtido por Ribeirão.
No Estado, a área mais saturada é a região metropolitana de São Paulo. A classificação de Ribeirão foi feita a
partir do monitoramento da
qualidade do ar, entre 2007 e
2009, na estação local da Cetesb (Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo), e
também vale para para cidades a menos 30 quilômetros,
como Batatais e Sertãozinho.
Na outra estação da Cetesb
na região, que fica em Araraquara, a situação do ozônio
foi definida como "em vias de
saturação". Essa classificação inclui São Carlos e Matão, entre outros.
Segundo a gerente da Divisão de Qualidade do Ar da
Cetesb (Companhia Ambiental do Estado), Maria Helena
Martins, para a avaliação do
ozônio, são considerados os
índices mais altos de concentração do gás.
A partir desses resultados,
são definidos parâmetros para políticas públicas. Em
áreas consideradas com nível saturado, por exemplo,
novas fontes poluidoras como fábricas precisam compensar suas emissões.
A frota de carros e as queimadas de cana-de-açúcar
são as principais fontes de
ozônio na região de Ribeirão,
segundo a pesquisadora do
Departamento de Química
da USP de Ribeirão Maria Lúcia Moura Campos.
"As pessoas têm a impressão de que o ozônio é benéfico, mas isso só acontece na
estratosfera, onde ele filtra os
raios solares. Na camada em
que nós respiramos, ele é altamente prejudicial."
Segundo o médico Marcos
Arbex, do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, a
exposição ao ozônio causa irritação nos olhos e na garganta. Para idosos, crianças
e portadores de doenças cardíacas e respiratórias agrava
problemas de saúde.
Texto Anterior: Produção deve ser menor nos próximos meses Próximo Texto: Ribeirão não tem previsão de chuva ao menos até quinta-feira Índice
|