Com greve dos servidores, juiz cancelou mais recebimentos, mas mantém análise dos processos em curso

DOUGLAS SANTOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

Nenhum novo processo é recebido na Justiça do Trabalho em Ribeirão desde ontem, salvo em caráter de urgência ou com mandado de segurança. A decisão partiu do diretor do Fórum Trabalhista, o juiz Fábio Allegretti Cooper, por causa da greve dos servidores.
O público que chega ao órgão está sendo atendido de forma precária. No início da noite de ontem, nova portaria do juiz determinou que metade dos 100 funcionários mantenha o atendimento, mas o ingresso de novos processos trabalhistas continua suspenso.
Em Ribeirão, 70% dos servidores aderiram à greve, segundo o diretor do sindicato da categoria, Marcelo Amorim de Menezes. Em Orlândia, a Vara do Trabalho também publicou portaria suspendendo prazos processuais. Em Franca, a estimativa é que 100% dos funcionários pararam. Batatais e Ituverava podem aderir à greve hoje depois de assembleia com funcionários de outras cidades.
Nenhuma audiência em Ribeirão havia sido suspensa até ontem, mas Menezes diz acreditar que é uma questão de tempo para que isso ocorra.
Segundo o diretor da 6ª Vara do Trabalho de Ribeirão, André Arreguy, o atendimento está mantido, mesmo que prejudicado. "Eu estou com apenas um terço do total de funcionários da minha vara."
Arreguy disse que a agenda das audiências permanece, mas com a distribuição suspensa, não estão sendo marcadas novas. As 2ª, 4ª e 6ª Varas do Trabalho suspenderam todos os prazos processuais até a próxima deliberação.
O movimento grevista disse estimar que a decisão será tomada em todas as Varas da cidade nos próximos dias. Os servidores da Justiça do Trabalho reivindicam um plano de cargos e salários. Segundo Menezes, não há uma porcentagem, mas há o pedido de equiparar os salários em todo o país.


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