da Folha Ribeirão

O prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) diz considerar de ótima qualidade o transporte público em Ribeirão Preto.
Ele afirma que os serviços de transporte coletivo são superiores aos dos grandes centros e municípios de médio porte, o que inviabiliza a existência de meios alternativos na cidade.
"O transporte em Ribeirão Preto é muito bom. Não existe necessidade de um meio alternativo como as peruas", diz Jábali.
De acordo com o prefeito, a Lei de Modernização do Transporte Coletivo criou metas e obrigações para as concessionárias locais que estão favorecendo diretamente a população.
"São poucas as cidades em que o sistema público possui ônibus com ar condicionado e vans adaptadas para transportar deficientes físicos, como é o caso de Ribeirão Preto", diz Jábali.
Mesmo assim, a Transerp registra uma queda anual média no número de passageiros em torno de 7% desde 1997, de acordo com levantamentos recentes.
Já o IPK (Índice de Passageiros por Quilômetro), teve uma redução de 6% no último ano. Em 1998, o índice era de 2,85, enquanto no ano passado a média foi de 2,66.
Apesar da visível queda de passageiros, o diretor-superintendente da Transerp, Romolo Prota, diz que não houve queda na qualidade de serviços nem redução da frota de veículos na cidade, que, atualmente, conta tem 284 ônibus em circulação.
"Conseguimos manter o mesmo padrão sem onerar o valor da tarifa, mas isso só possível graças à política de equilíbrio econômica do município", diz o diretor-superintendente.
A respeito das reclamações de usuários sobre o tempo de espera durante os intervalos dos ônibus e constantes lotações, ele diz que são circunstâncias normais.
Nos bairros da periferia, os passageiros afirmam esperar até 40 minutos pelos ônibus que fazem o trajeto para a região central.
"O intervalo de tempo é baseado no volume de passageiros da região, mas nunca ultrapassa 20 minutos. As únicas exceções são as linhas especiais, que ligam os extremos da cidade", afirmou Prota.
A vereadora Joana Leal Garcia (PT), presidente da Comissão de Estudos da Câmara que está analisando a possibilidade de regularização do transporte alternativo, diz existirem indícios de que o sistema não atende as necessidades da população.
"Pelo que percebemos, não existe um consenso entre os usuários sobre a qualidade do transporte coletivo. Tanto que muitas pessoas preferem as lotações aos ônibus convencionais como meio de transporte", diz Joana.


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