Ribeirão Preto, Terça-feira, 28 de Dezembro de 2010

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Continuísmo marca dois anos de Barba

Saúde e recapeamento de ruas são principais desafios do prefeito de São Carlos, segundo autoridades da cidade

A assessoria de Barba diz que a continuidade é um avanço ante a tradicional quebra de sequência dos governos

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

São Carlos encerra neste ano uma década sob administração do PT. Newton Lima deixou seu legado ao atual prefeito Oswaldo Barba, que não se cansa de citar a palavra continuidade.
É justamente essa ideia de continuidade, com uma gestão sem inovações, uma das definições para os dois primeiros anos da gestão de Barba, segundo autoridades ouvidas pela Folha.
Na visão da oposição, faltou criatividade e novos projetos. "Se forem analisados os dois anos, não se concretizou nada de novo. Está concluindo obras do ex-prefeito que estavam em andamento", disse o vereador da oposição Dorival Mazola Penteado (PSDB).
Segundo ele, o asfalto na cidade, com buracos e necessidade de recapeamento, também gera transtornos.
Nesses dois anos, a prefeitura ajudou a atrair empresas para o crescimento da economia, segundo o presidente da Acisc (Associação Comercial e Industrial de São Carlos), José Eduardo Casemiro.
Quanto ao comércio, foram ampliadas vagas de estacionamento no centro, mas o trânsito continua problemático. "Precisa resolver o trânsito, que está um problema sério, com poucas saídas. O fluxo aumentou muito. É preciso um projeto de trânsito", afirmou.
A principal crítica do líder da bancada da oposição, o vereador Normando Lima (PSDB), diz respeito à saúde. "Há espera por consultas. Só temos dois cardiologistas e estão em falta ortopedista, endocrinologista e psiquiatra", disse Lima.
A dificuldade com fila para consultas é sentida nos bairros. "A população reclama que é constante a falta de médicos", disse o presidente da Associação de Moradores do Cruzeiro do Sul, Nivaldo Jesus da Costa.
Por outro lado, Costa elogia iniciativas como o Centro da Juventude, que fica no Jardim Monte Carlo.
Em uma avaliação geral, para ele, é um governo que deu sequência à gestão anterior, sem inovações.
A assessoria do prefeito disse que Barba frisa a continuidade como um avanço, se comparada à tradição de prefeitos se acostumarem a quebrar a sequência de obras anteriores.
Sobre a saúde, a assessoria afirma que faltam 41 médicos, de um quadro total de 235. Foram abertos quatro concursos, mas a prefeitura diz faltar interessados. No último, que ocorreu dia 14, apenas nove se inscreveram para 50 vagas.
A respeito do asfalto, a prefeitura vai dobrar para R$ 12 milhões as verbas de recapeamento, mas diz que precisa de mais R$ 45 milhões para toda a obra -a ideia é captar o recurso com o Estado ou com a União.
A partir de hoje a Folha publica uma série de reportagens com balanços dos governos das principais cidades da região.


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