Ribeirão Preto, Domingo, 29 de Julho de 2001

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OUTRO LADO
Direção nega problemas estruturais

FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO

A direção do Bosque Municipal Fábio Barreto nega a existência de problemas estruturais e afirma que o número de guardas municipais que são escalados para trabalhar no local é suficiente para fiscalizar o público -cerca de 5.000 pessoas- que frequenta o parque nos finais de semana.
De acordo com o chefe da divisão de educação ambiental do bosque, Vinícius Biaggi Pecci, não é sempre que o setor extra chega a ficar com um grande número de animais.
Ele afirma também que o bosque conta com o número suficiente de funcionários para coordenar os visitantes.
"Temos dez monitores que ajudam na hora da fiscalização. Além disso, na reabertura, quando tinha muitos guardas, foi necessário interditar o local", disse Pecci.
Ele afirmou que os problemas apontados pelo Ibama no setor extra já existiam quando o local foi reinaugurado.
"Quando assumimos o bosque, já estava assim. Além disso, estamos dentro das normas do Ibama", disse.
Mesmo assim, o diretor do bosque Antonio de Paula Eduardo afirmou que foi realizado um levantamento para as reformas no setor extra.
A respeito dos casos de depredação, ele nega que haja vandalismo no local -existem várias pichações no mirante- e que a placa tenha sido colocada pela diretoria do bosque.
De acordo com o diretor, a placa pode ter sido colocada por qualquer visitante.
"Qualquer pessoa pode ter colado a placa. Nossa vigia está ótima. Além dos quatro guardas municipais, também temos 11 guardas florestais", disse Eduardo.
Por outro lado, ele afirmou que houve casos em que foi necessário expulsar alguns visitantes por anarquia.
"Não nego que já houve momentos em que foi necessário pedir para alguns visitantes se retirarem do parque. O problema não é o número de guardas, mas a falta de educação de alguns visitantes", disse.
De acordo com o diretor, o fato de o bosque ser público faz com que ele receba pessoas desejáveis e indesejáveis.
"Recebemos todo tipo de visitantes e, mesmo assim, nunca houve ocorrência de vandalismo", afirmou.
Segundo o diretor operacional da Guarda Municipal, major Erik Cunha Junqueira, o bosque conta com um efetivo fixo, formado por um grupo de dois a três guardas.
No entanto ele afirmou que, quando é necessário, os guardas do bosque podem ser remanejados para outros locais.
"Quando é necessário, ocorre o deslocamento, mas os parques municipais são os últimos locais onde recorremos. E, quando eles precisam, aumentamos o policiamento", afirmou Junqueira.
A Folha procurou o secretário do Meio Ambiente, Gilberto Abreu, para comentar o assunto, mas foi informada de que ele estaria viajando.


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