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Foco
Praça Sete perderá mais quatro árvores; figueiras preocupam os taxistas
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Após a retirada de uma figueira centenária anteontem,
mais quatro árvores devem
ser removidas da praça Sete
de Setembro, uma das mais
tradicionais de Ribeirão Preto, na região central.
Ontem, engenheiros agrônomos começaram a fazer estudos técnicos ambientais
nas árvores da praça, segundo
Josué Elias, chefe operacional da Guarda Civil. Serão extraídos até a próxima segunda-feira dois oitis, uma aroeira e uma palmeira.
O engenheiro agrônomo
Carlos Henrique Alonso Toldo, da Secretaria do Meio
Ambiente de Ribeirão, disse
que os oitis e a palmeira morreram devido a ações de raios.
"Aparentemente, elas não ficaram doentes devido a pragas patológicas." As árvores
têm cerca de 20 anos e uma
altura média de dez metros.
Na madrugada de anteontem, uma figueira desabou
em decorrência das chuvas. A
árvore tinha fungos na raiz.
Trata-se, segundo Toldo, de
uma patologia praticamente
impossível de ser detectada.
Na tarde de ontem, caminhões da prefeitura ainda trabalhavam no local para a retirada de galhos e troncos.
Outras duas figueiras, localizadas na praça, na esquina
das ruas Florêncio de Abreu e
Sete de Setembro, preocupam os taxistas e estabelecimentos comerciais, que temem a queda da árvore.
"Ela já está torta, pesada,
com a raiz molhada. Falta
pouco para desabar", disse o
taxista Manoel Martins, 65.
Na madrugada de ontem,
galhos da figueira caíram e
amassaram o teto de um veículo do ponto de táxi. Na semana passada, outros galhos
quebraram o para-brisa de
outro automóvel.
O proprietário do restaurante Boi Bom, Edson Almeida de Oliveira, disse que vai
entrar na Justiça para evitar
prejuízo caso a figueira desabe e atinja o seu estabelecimento. "Tenho até seguro,
mas não sei se ele cobre, caso
o restaurante sofra algum dano devido à queda da árvore."
Ao todo, 12 funcionários trabalham no estabelecimento.
Toldo disse que, para conservar árvores antigas, é preciso vistorias constantes, poda de limpeza, retirada de galhos secos e o replantio de
mudas.
(ALAN DE FARIA)
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