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Dois morrem e quatro se ferem na região
Explosão em faculdade de Ribeirão deixa três feridos; já em Jaboticabal, dois operários morreram ao cair de andaime
De acordo com bombeiros, acidente ocorreu em uma sala na qual uma das faxineiras usava produtos a base de solvente no chão
DA FOLHA RIBEIRÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Dois trabalhadores morreram e quatro ficaram feridos,
dois deles em estado gravíssimo, em acidentes de trabalho
ocorridos em Ribeirão Preto e
Jaboticabal, ontem à tarde.
Os operários Flávio Fernando da Silva, 33, e Danilo Pereira,
29, morreram depois de cair de
uma altura aproximada de 35
metros. Eles trabalhavam na
montagem de uma torre para
ligação de fios de alta tensão na
estrada vicinal que liga Jaboticabal ao distrito de Luzitânia.
Um terceiro trabalhador,
Marcelo Aníbal Galvani, 30, foi
encaminhado em estado grave
ao pronto-socorro municipal.
Ele corre risco de morte e, na
noite de ontem, seria transferido para Ribeirão Preto. Outro
homem trabalhava no local,
mas estava no solo na hora do
acidente. Em estado de choque,
ele também foi encaminhado
ao pronto-socorro.
Segundo o Corpo de Bombeiros, os trabalhadores montaram uma estrutura de andaimes em volta da torre.
As apurações preliminares
da Polícia Científica apontam
que a queda pode ter sido causada por uma rajada de vento.
Um laudo foi solicitado pela delegada Regina Helena Marques. "Quando chegamos, dois
estavam claramente mortos e
não havia nada a se fazer. Era
muito alto", disse o bombeiro
José Roberto da Silva.
De acordo com testemunhas,
os operários trabalhavam sem
o capacete obrigatório. Com a
queda, a corda de segurança
também arrebentou. "Por outro lado, eles tinham os ganchos de segurança. Só a perícia
vai dizer se havia irregularidade", disse a delegada.
A obra era realizada por uma
empresa contratada pela A2
Engenharia e Projetos, construtora responsável pela estrutura que vai levar internet a cabo até a região. A Folha não
conseguiu ouvir a A2.
De acordo com o secretário
de Governo de Jaboticabal,
Valdemir Lutti, as famílias das
vítimas terão amparo total do
município. Em nota, a prefeitura informou ainda que vai
aguardar a apuração policial
para tomar providências.
Já em Ribeirão Preto, três
mulheres se feriram em uma
explosão em um prédio da Faculdade Reges, na avenida Presidente Vargas, zona sul.
O Corpo de Bombeiros informou que o acidente aconteceu
em uma sala do prédio, na qual
uma das faxineiras utilizava
produtos a base de solvente para a limpeza do chão.
Ivanilde Pereira de Oliveira,
55, ficou com 70% do corpo
queimado e foi levada em estado grave para o HC (Hospital
das Clínicas). De acordo com a
assessoria de imprensa do hospital, vinculado à USP (Universidade de São Paulo), ela sofreu
queimaduras de segundo e terceiro graus e estava no setor de
politraumatismo.
Doriléia Ramos de Carvalho,
30, teve 27% do corpo queimado e passava bem, de acordo
com o médico Luciano Penha
Pereira, da Santa Casa. A terceira vítima, Fabíola Fratassi
Bernadino, 32, passava bem na
noite de ontem. Ela sofreu
queimaduras de segundo grau
-está internada no Hospital
Beneficência Portuguesa.
(ROBERTO MADUREIRA e ALAN DE FARIA)
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