Ribeirão Preto, Sexta-feira, 30 de Janeiro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estado antecipa para este ano a extinção dos lixões

Prazo anterior era dezembro de 2010; hoje, são cerca de 40 lixões no interior

Secretário Xico Graziano afirmou que decisão foi tomada em conversa com Serra; 14 lixões estão na região de Ribeirão Preto

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Xico Graziano, anunciou ontem que o prazo para a extinção dos lixões no interior foi reduzido para dezembro deste ano -o prazo anterior era o fim do mandato do governador José Serra (PSDB), em 2010.
A antecipação foi proposta pelo próprio secretário, em conversa com o governador, anteontem. "Vi que era possível e assumi esse compromisso com o Serra. Só há um caso, em que não vou revelar a cidade, que há um problema de não se achar área para um aterro regular", disse o secretário -a Folha apurou que se trata de Presidente Prudente.
Durante o anúncio, feito em um encontro de prefeitos da microrregião de Araraquara, em Rincão, Graziano disse que acabar com as "fábricas de urubus", como se referiu aos lixões, é sua prioridade.
Estudo para o projeto Lixo Mínimo, realizado em junho de 2008, apontou a existência de 78 lixões no Estado, 14 dentro das microrregiões de Ribeirão Preto, Franca, Araraquara e Jaboticabal. Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria disse estimar que este número tenha caído pela metade.
Segundo o gerente da agência regional da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) em Ribeirão Preto, Marco Antônio Sanches Artuzo, um levantamento que vai apontar o número e a situação de lixões da região está em conclusão. "A ideia é que trabalhemos o mais rápido possível nos casos em que a situação está pior", afirmou Artuzo.
Segundo a Cetesb, lixão é o local usado para depósito de lixo orgânico que não atende as normas técnicas dos aterros sanitários, como vedação do solo para não contaminação de lençóis freáticos e tratamento do chorume. "Nos lixões, a figura dos ratos, urubus e até dos catadores de lixo é bem mais comum", disse Artuzo.
Na região, os lixões em pior estado, segundo o estudo de junho de 2008, são de Cajuru, Cravinhos e Pontal. Os casos de Araraquara e Ribeirão Preto, que têm prazo-limite de uso em vias de vencimento, foram citados como críticos pelo secretário, mas se enquadram como aterros sanitários regulares. Em Araraquara, o Ministério Público estabeleceu o meio do ano como limite de uso.


Texto Anterior: Paulista: Após segunda derrota, técnico admite mexer no Botafogo
Próximo Texto: Barbieri pede urgência para aterro sanitário de Araraquara
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.