Ribeirão Preto, Sábado, 30 de Janeiro de 2010

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Ação antidengue tem picolé e propaganda "agressiva"

Prefeituras da região de Ribeirão adotam estratégias diferentes contra a doença

Em Barretos, a prefeitura vai multar quem tiver criadouros em casa; Ribeirão Preto chegou ontem a 506 casos de dengue

DA FOLHA RIBEIRÃO

Troca de criadouro por picolé, propagandas agressivas com fotos de pessoas doentes, multas e até ambulatório específico para atender casos suspeitos de dengue. As cidades da região de Ribeirão Preto têm adotado diferentes estratégias para combater a doença.
O recorde de casos confirmados nas dez cidades mais populosas da região é de Ribeirão, com 506 confirmações neste ano, seguido por Jaboticabal, com 64 casos. O problema também é enfrentado em cidades menores, como Jardinópolis, onde há 122 casos de dengue.
Para cuidar das pessoas com suspeita da doença, Jaboticabal montou um ambulatório da dengue, que deve funcionar no ginásio de esportes municipal a partir da próxima segunda-feira. De acordo com a responsável pela unidade, Tatiana Pelegrini, o objetivo é dar agilidade no atendimento.
"Fizemos uma adaptação no local para receber as pessoas que apresentarem os sintomas. Resolvemos separar do centro de saúde o atendimento para dar uma atenção mais qualificada", afirmou.
O ambulatório que vinha funcionando no centro de saúde desde 21 de janeiro recebia, em média, 120 pessoas por dia.
Em Barretos, que desde dezembro adotou uma campanha publicitária agressiva com imagens de pacientes com dengue hemorrágica em outdoors, a prefeitura disse que vai multar quem tiver foco em casa e fará um alerta sobre os casos confirmados na região.
"Vamos manter a mesma foto e citar que cidades como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, que são próximas, tiveram mortes por dengue. Além disso, vamos notificar residências e prédios comerciais que, se não eliminarem os criadouros, poderão ser multados", disse o secretário da Saúde de Barretos, Mussa Calil Neto.
A multa é de 10 Ufesp (Unidades Fiscais do Estado de SP) para as residências -cerca de R$ 160- e até 100 Ufesp para comércio e indústria -R$ 1.600. A punição é aplicada dez dias após a notificação da vigilância. Barretos tem 15 casos confirmados em 2010.
Em Orlândia, a prefeitura quer voltar a trocar um picolé por dois criadouros do mosquito. De acordo com o diretor da Vigilância Sanitária e Controle de Vetores, Antônio Darcy Maldonado, a prática teve bons resultados em outubro e deve ser retomada neste ano.
"Conseguimos recolher 1.500 quilos de garrafas pet em troca de dez mil picolés. Devemos ter novamente essa ação", afirmou. A cidade tem dois casos positivos - ambos importados, segundo a prefeitura.
Em Araraquara, a prefeitura investe em ações de conscientização e, durante o carnaval, terá um "mosquitão" da dengue no trio elétrico.
"Duas ou três pessoas estarão vestidas de mosquitos para falar da importância da prevenção", diz Feiz Mattar, coordenador das Vigilâncias em Saúde de Araraquara.


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