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Ação antidengue tem picolé e propaganda "agressiva"
Prefeituras da região de Ribeirão adotam estratégias diferentes contra a doença
Em Barretos, a prefeitura
vai multar quem tiver criadouros em casa; Ribeirão Preto chegou ontem a
506 casos de dengue
DA FOLHA RIBEIRÃO
Troca de criadouro por picolé, propagandas agressivas com
fotos de pessoas doentes, multas e até ambulatório específico
para atender casos suspeitos de
dengue. As cidades da região de
Ribeirão Preto têm adotado diferentes estratégias para combater a doença.
O recorde de casos confirmados nas dez cidades mais populosas da região é de Ribeirão,
com 506 confirmações neste
ano, seguido por Jaboticabal,
com 64 casos. O problema também é enfrentado em cidades
menores, como Jardinópolis,
onde há 122 casos de dengue.
Para cuidar das pessoas com
suspeita da doença, Jaboticabal
montou um ambulatório da
dengue, que deve funcionar no
ginásio de esportes municipal a
partir da próxima segunda-feira. De acordo com a responsável pela unidade, Tatiana Pelegrini, o objetivo é dar agilidade
no atendimento.
"Fizemos uma adaptação no
local para receber as pessoas
que apresentarem os sintomas.
Resolvemos separar do centro
de saúde o atendimento para
dar uma atenção mais qualificada", afirmou.
O ambulatório que vinha
funcionando no centro de saúde desde 21 de janeiro recebia,
em média, 120 pessoas por dia.
Em Barretos, que desde dezembro adotou uma campanha
publicitária agressiva com imagens de pacientes com dengue
hemorrágica em outdoors, a
prefeitura disse que vai multar
quem tiver foco em casa e fará
um alerta sobre os casos confirmados na região.
"Vamos manter a mesma foto e citar que cidades como Ribeirão Preto e São José do Rio
Preto, que são próximas, tiveram mortes por dengue. Além
disso, vamos notificar residências e prédios comerciais que,
se não eliminarem os criadouros, poderão ser multados", disse o secretário da Saúde de Barretos, Mussa Calil Neto.
A multa é de 10 Ufesp (Unidades Fiscais do Estado de SP)
para as residências -cerca de
R$ 160- e até 100 Ufesp para
comércio e indústria -R$
1.600. A punição é aplicada dez
dias após a notificação da vigilância. Barretos tem 15 casos
confirmados em 2010.
Em Orlândia, a prefeitura
quer voltar a trocar um picolé
por dois criadouros do mosquito. De acordo com o diretor da
Vigilância Sanitária e Controle
de Vetores, Antônio Darcy
Maldonado, a prática teve bons
resultados em outubro e deve
ser retomada neste ano.
"Conseguimos recolher
1.500 quilos de garrafas pet em
troca de dez mil picolés. Devemos ter novamente essa ação",
afirmou. A cidade tem dois casos positivos - ambos importados, segundo a prefeitura.
Em Araraquara, a prefeitura
investe em ações de conscientização e, durante o carnaval, terá um "mosquitão" da dengue
no trio elétrico.
"Duas ou três pessoas estarão vestidas de mosquitos para
falar da importância da prevenção", diz Feiz Mattar, coordenador das Vigilâncias em Saúde
de Araraquara.
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