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Safra da Albertina será financiada pelos credores
Assembleia aprovou plano de recuperação judicial
DA FOLHA RIBEIRÃO
A usina Albertina, de Sertãozinho, anunciou a transferência indireta do comando da empresa para os principais credores, que vão financiar a safra
2009/2010. A decisão saiu ontem, em assembleia de aprovação do plano de recuperação judicial por parte dos credores.
O acordo oficial, chamado de
"transição operacional", foi
aprovado pela maioria, mas
não foi selado ontem por motivos "jurídicos e burocráticos",
segundo a usina. Ele deve ser
assinado em 14 de maio e enviado para apreciação da Justiça.
Assim que o processo de recuperação judicial for aprovado
oficialmente, a usina Albertina,
de Viviane Carolo, será posta à
venda. Segundo a empresa, ainda não há compradores ou previsão de preço.
No programa, os quatro
maiores credores -que detêm
crédito de R$ 150 milhões dos
R$ 245 milhões- abrem mão
do embargo aos R$ 15 milhões
em açúcar estocados na usina
para que o dinheiro arrecadado
com a venda do produto financie a safra deste ano.
"Eles abrem mão de receber
esses 10% num primeiro momento, para poder receber os
100% mais à frente. Eles financiarão a safra e o que entrar sai
para o pagamento das dívidas",
disse o advogado que acompanhou o processo de recuperação judicial, Daltro Borges.
No plano, consta que a empresa deve sanar suas dívidas
com 400 dos 460 credores em
até 90 dias. Os trabalhistas recebem primeiro, em 12 parcelas. Em seguida, os fornecedores, em cinco parcelas.
O custo da safra, que era estimado em R$ 30 milhões, foi reduzido porque a empresa não
vai trabalhar com estoque. O
consultor financeiro Marcelo
Melliet foi nomeado novo gestor financeiro. A usina inicia a
safra em 5 de junho com expectativa de moer 1.100 milhões de
toneladas de cana, sendo 80%
para produção de açúcar.
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