Ribeirão Preto, Quinta-feira, 30 de Abril de 2009

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Agrishow deste ano recebe mais expositores do exterior

Cresce número de empresas italianas; França faz sua estreia na feira do agronegócio

Sem a preocupação de grandes desempenhos em vendas, os estrangeiros se preocupam em fazer contatos com brasileiros

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

Um dos únicos números da Agrishow que cresceu neste ano em relação aos dados consolidados do ano passado é a participação de estrangeiros. São 65 empresas expositoras de sete países -em 2008, houve 50 expositores.
A organização espera ainda a visitação de pelo menos 3.000 estrangeiros, entre empresários, agricultores e representantes comerciais.
Sem a preocupação de grande desempenho em vendas, os estrangeiros se preocupam em conseguir contatos e difundir a cultura agrícola de seus países para produtores e empresários do ramo brasileiros.
Incentivados pelo governo, os italianos, que já participam da Agrishow há 10 anos, são mais numerosos em 2009. Ano passado, havia 14 empresas expositores, contra 19 neste ano.
"As empresas não vêm atrás de vendas, mas sim de contatos com empresas brasileiras que possam representá-los aqui. O público são os próprios expositores", disse Emilio Pelizzon, do Instituto Italiano para Comércio Exterior.
Pela primeira vez com estande na feira, a Missão Econômica Francesa no Brasil trouxe 11 empresas. A motivação, além dos interesses econômicos, se deve à comemoração do ano da França no Brasil.
"É claro que, se o desempenho for muito ruim em dois anos, por exemplo, o governo não dará mais incentivos. No entanto, posso garantir que no ano que vem estaremos aqui novamente", disse a diretora para agronegócio da missão, Marie-Cécile Flauraud.
"Abrimos uma filial no Brasil há três meses e nossa primeira intenção é mostrar nosso serviço, que é muito segmentado. Quanto a isso, estamos bastante satisfeitos", disse Pedro Soares, da Spot Image, empresa de tecnologia em geoinformação.
Não só os expositores, mas os visitantes de fora também esqueceram da crise na Agrishow.
"Trabalho para uma indústria de derivados de maçã e procuro por softwares agrícolas. Como aqui é mais barato, a nossa vinda para a feira significa economia", afirmou o mexicano Miguel Enriquez.
Para o presidente do evento, Cesário Ramalho da Silva, a Agrishow serve, inclusive, para passar uma imagem boa do Brasil neste momento de crise.
"Os franceses me disseram que veem na feira o potencial que a nossa agricultura tem para comandar a recuperação do país neste momento. Ouvir isso me deixou muito feliz".
Além dos visitantes e expositores, a feira recebeu pelo menos cinco jornalistas estrangeiros, a maioria de veículos especializados em agronegócio.
"Na Alemanha, até pelo tamanho das nossas áreas agrícolas, não vemos feiras nem parecidas com esta", disse o alemão Dieter Danzer.


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