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Agrishow deste ano recebe mais expositores do exterior
Cresce número de empresas italianas; França faz sua estreia na feira do agronegócio
Sem a preocupação de grandes desempenhos em vendas, os estrangeiros se preocupam em fazer contatos com brasileiros
ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Um dos únicos números da
Agrishow que cresceu neste
ano em relação aos dados consolidados do ano passado é a
participação de estrangeiros.
São 65 empresas expositoras de
sete países -em 2008, houve
50 expositores.
A organização espera ainda a
visitação de pelo menos 3.000
estrangeiros, entre empresários, agricultores e representantes comerciais.
Sem a preocupação de grande desempenho em vendas, os
estrangeiros se preocupam em
conseguir contatos e difundir a
cultura agrícola de seus países
para produtores e empresários
do ramo brasileiros.
Incentivados pelo governo,
os italianos, que já participam
da Agrishow há 10 anos, são
mais numerosos em 2009. Ano
passado, havia 14 empresas expositores, contra 19 neste ano.
"As empresas não vêm atrás
de vendas, mas sim de contatos
com empresas brasileiras que
possam representá-los aqui. O
público são os próprios expositores", disse Emilio Pelizzon,
do Instituto Italiano para Comércio Exterior.
Pela primeira vez com estande na feira, a Missão Econômica Francesa no Brasil trouxe 11
empresas. A motivação, além
dos interesses econômicos, se
deve à comemoração do ano da
França no Brasil.
"É claro que, se o desempenho for muito ruim em dois
anos, por exemplo, o governo
não dará mais incentivos. No
entanto, posso garantir que no
ano que vem estaremos aqui
novamente", disse a diretora
para agronegócio da missão,
Marie-Cécile Flauraud.
"Abrimos uma filial no Brasil
há três meses e nossa primeira
intenção é mostrar nosso serviço, que é muito segmentado.
Quanto a isso, estamos bastante satisfeitos", disse Pedro Soares, da Spot Image, empresa de
tecnologia em geoinformação.
Não só os expositores, mas os
visitantes de fora também esqueceram da crise na Agrishow.
"Trabalho para uma indústria de derivados de maçã e procuro por softwares agrícolas.
Como aqui é mais barato, a nossa vinda para a feira significa
economia", afirmou o mexicano Miguel Enriquez.
Para o presidente do evento,
Cesário Ramalho da Silva, a
Agrishow serve, inclusive, para
passar uma imagem boa do
Brasil neste momento de crise.
"Os franceses me disseram
que veem na feira o potencial
que a nossa agricultura tem para comandar a recuperação do
país neste momento. Ouvir isso
me deixou muito feliz".
Além dos visitantes e expositores, a feira recebeu pelo menos cinco jornalistas estrangeiros, a maioria de veículos especializados em agronegócio.
"Na Alemanha, até pelo tamanho das nossas áreas agrícolas, não vemos feiras nem parecidas com esta", disse o alemão
Dieter Danzer.
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