Ribeirão Preto, Sexta-feira, 30 de Abril de 2010

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Médicos aceitam proposta, mas regra de atendimento não muda

Ribeirão reajusta prêmio-incentivo, mas não muda esquema de consultas

DA FOLHA RIBEIRÃO

O aumento do salário a médicos e dentistas da rede municipal proposto pela Prefeitura de Ribeirão Preto e aprovado anteontem em assembleia da categoria não deve melhorar a qualidade dos atendimentos na rede pública nem diminuir a espera por consultas.
Para não desagradar a médicos ou dentistas, a Secretaria da Saúde decidiu reajustar o valor do prêmio-incentivo de R$ 800 mensais para R$ 1.800 sem estabelecer novas regras para ampliar o atendimento.
A proposta original da pasta, recusada pelas duas categorias na semana passada, previa vincular o pagamento ao cumprimento de uma meta mínima de consultas nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) a cada quatro horas, o que foi considerado "absurdo" pelos profissionais por causa do risco de prejuízo à qualidade do atendimento.
No cálculo do prêmio-incentivo, a prefeitura vai considerar o cumprimento de um número mínimo de consultas por mês, como já faz hoje. Mas não informa como fará, por exemplo, para transferir pacientes de uma UBS para outra em caso de agendas vazias, já que na proposta aprovada anteontem a secretaria assumiu a responsabilidade pelo pagamento de 100% do prêmio-incentivo em caso de não cumprimento das metas por falta de pacientes.
Para o presidente do Simesp (Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo) em Ribeirão, Marco Aurélio de Almeida, a proposta é ruim. Médicos e dentistas defendiam o reajuste no salário-base das categorias, hoje de R$ 2.390, mas a lei da isonomia equipara os vencimentos dos servidores conforme o nível de escolaridade.
"Aquilo o que nós queríamos, que era o médico trabalhando incentivado, isso não vai acontecer" disse o presidente do sindicato. (VERIDIANA RIBEIRO)


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