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Médicos aceitam proposta, mas regra de atendimento não muda
Ribeirão reajusta prêmio-incentivo, mas não muda esquema de consultas
DA FOLHA RIBEIRÃO
O aumento do salário a médicos e dentistas da rede municipal proposto pela Prefeitura de
Ribeirão Preto e aprovado anteontem em assembleia da categoria não deve melhorar a
qualidade dos atendimentos na
rede pública nem diminuir a
espera por consultas.
Para não desagradar a médicos ou dentistas, a Secretaria da
Saúde decidiu reajustar o valor
do prêmio-incentivo de R$ 800
mensais para R$ 1.800 sem estabelecer novas regras para
ampliar o atendimento.
A proposta original da pasta,
recusada pelas duas categorias
na semana passada, previa vincular o pagamento ao cumprimento de uma meta mínima de
consultas nas UBSs (Unidades
Básicas de Saúde) a cada quatro
horas, o que foi considerado
"absurdo" pelos profissionais
por causa do risco de prejuízo à
qualidade do atendimento.
No cálculo do prêmio-incentivo, a prefeitura vai considerar
o cumprimento de um número
mínimo de consultas por mês,
como já faz hoje. Mas não informa como fará, por exemplo, para transferir pacientes de uma
UBS para outra em caso de
agendas vazias, já que na proposta aprovada anteontem a
secretaria assumiu a responsabilidade pelo pagamento de
100% do prêmio-incentivo em
caso de não cumprimento das
metas por falta de pacientes.
Para o presidente do Simesp
(Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo) em Ribeirão,
Marco Aurélio de Almeida, a
proposta é ruim. Médicos e
dentistas defendiam o reajuste
no salário-base das categorias,
hoje de R$ 2.390, mas a lei da
isonomia equipara os vencimentos dos servidores conforme o nível de escolaridade.
"Aquilo o que nós queríamos,
que era o médico trabalhando
incentivado, isso não vai acontecer" disse o presidente do
sindicato.
(VERIDIANA RIBEIRO)
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