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Mulheres grávidas têm mais risco de morte, aponta estudo
FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Mulheres grávidas com o vírus da gripe A (H1N1) têm risco
maior de desenvolver sintomas
graves e de morrer, sugere estudo realizado por pesquisadores do CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças) dos
Estados Unidos.
O estudo se baseou nas mortes de seis grávidas entre as 45
mortes relacionadas ao vírus
que foram notificadas ao CDC
entre o período que vai de 15 de
abril a 16 de junho, o que representa 13% dos casos. Todas as
gestantes inclusas no estudo
eram saudáveis. O número é alto, já que as grávidas são 1% da
população dos EUA.
Até ontem, pelo menos seis
grávidas morreram no Brasil
devido à gripe, entre os 61 casos
relatados (9,84%) -não há dados de todas as vítimas.
Especialistas do mesmo CDC
recomendaram ontem que algumas pessoas mais suscetíveis
aos efeitos da gripe devem ser
vacinadas antes das demais, entre elas as grávidas.
A lista de prioridades inclui
também mães de recém-nascidos, crianças e jovens com faixa
etária entre 6 meses de idade e
24 anos e pessoas de 25 a 64
anos com asma, diabetes e
doenças cardíacas.
A recomendação se deve à
previsão de que não haverá vacina para todos os norte-americanos. As recomendações do
CDC costumam ser acatadas
pelo governo.
O infectologista Carlos Magno Fortaleza, da Unesp (Universidade Estadual Paulista),
diz que a mortalidade das grávidas chama a atenção. Afirma
ainda que gestantes com sintomas devem ser internadas nos
hospitais de referência.
Já o infectologista Francisco
Hideo Aoki, da Unicamp, diz
que é muito cedo se concluir algo. "A série histórica ainda é
muito pequena."
A ginecologista Fabiana Sanches, do Hospital Santa Marcelina, diz que as mulheres não
precisam adiar a gravidez.
Já um estudo do CDC sobre
obesos os afastou dos grupos de
risco para a doença. Segundo o
órgão, o percentual de obesos
entre os mortos pela doença
nos EUA (38%) é quase igual ao
da população americana (34%).
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