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Planos de saúde devem acionar Anvisa por próteses irregulares Representante de operadoras afirmou que o setor não tem responsabilidade no caso JOHANNA NUBLATDE BRASÍLIA Os planos de saúde indicaram que podem acionar judicialmente o governo, em especial a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por ter permitido a utilização de próteses mamárias das marcas PIP (Poly Implant Prothèse) e Rofil no país. A informação é de Arlindo Almeida, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), que reúne cerca de 20 mil usuários. O governo determinou em janeiro que mulheres cujas próteses PIP ou Rofil tenham sinais de rompimento podem fazer a troca do silicone na rede pública de saúde ou na rede privada, por meio de seus planos de saúde. Em audiência pública no Senado para discutir o caso, Almeida afirmou que os planos podem cobrar o governo pelos gastos com as cirurgias. "Achamos que não é nossa responsabilidade." As ações podem envolver até cobertura de danos morais, segundo o presidente da Abramge. Ele argumenta que a maior parte dos pacientes com próteses é tratada na rede privada. Por isso, a maior parte das trocas deve ser feita na rede privada de saúde e não no SUS. O governo trabalha com o número de 20 mil mulheres com próteses dessas duas marcas no país. O cenário é de uma batalha judicial. O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, afirmou pode haver uma ação da AGU (Advocacia-Geral da União) contra os importadores das próteses. Barbano reafirmou que os dois produtos apresentaram toda a documentação necessária para serem vendidos no país, incluindo testes internacionais que apontaram a normalidade do produto. Após o escândalo das próteses, a agência decidiu ampliar a fiscalização do produto. Devem ser feitas inspeções nas fábricas no exterior e análises laboratoriais próprias do material antes da liberação para venda. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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