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FITOTERÁPICOS
Seis novos medicamentos são incluídos na lista do SUS
ANGELA PINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Seis novos fitoterápicos foram incluídos ontem na lista
de remédios do SUS (Sistema Único de Saúde) que podem ser comprados com recursos do Ministério da Saúde. Até então, havia apenas
duas plantas medicinais nesse rol: guaco, para tosse, e espinheira-santa, para úlcera.
Agora, foram incluídos
medicamentos à base de alcachofra, aroeira, cáscara-sagrada, garra-do-diabo, isoflavona de soja e unha-de-gato. Eles são indicados para
prisão de ventre, inflamações e dores abdominais, entre outros problemas.
A isoflavona da soja, por
exemplo, é usada para aliviar
sintomas da menopausa, já
que tem estrutura molecular
semelhante à do estrogênio.
Entretanto, para o presidente da Sociedade Brasileira do Climatério, César
Eduardo Fernandes, a reposição hormonal é mais indicada, já que a isoflavona não
tem ação a longo prazo e pode causar os mesmos efeitos
colaterais. Para Fernandes,
só deve ser utilizada quando
a paciente não quiser ser tratada com hormônio.
Rosany Bochner, da Fiocruz (Fundação Oswaldo
Cruz), alerta que, ao utilizar
um fitoterápico, as pessoas
devem ter a mesma cautela
que têm em relação a outros
medicamentos, como avisar
aos médicos sobre a utilização, já que alguns podem interagir com outros remédios.
Outra preocupação é com
as plantas vendidas sem indicação médica, porque podem não funcionar corretamente na dose comercializada e podem ser tóxicas.
O presidente do Conselho
Federal de Medicina, Roberto d'Ávila, diz não ter nada
contra a aprovação de novos
fitoterápicos, desde que tenham eficácia comprovada
cientificamente -o que o
ministério garante- e sejam
receitados por médicos.
Para o secretário de Ciência e Tecnologia do ministério, Reinaldo Guimarães, a
vantagem dos fitoterápicos é
que eles são baratos e têm
uso tradicional no país.
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