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Livre acesso dos pais à UTI acelera alta
GABRIELA CUPANI
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando os pais de recém-nascidos internados
em unidades de terapia intensiva têm livre acesso ao
bebê, podendo permanecer 24 horas por dia com
ele, o tempo de internação
diminui. Isso é o que revela um levantamento que
acaba de ser publicado no
periódico científico "Pediatrics", conduzido por
pesquisadores suecos do
Instituto Karolinska.
Segundo os autores, ainda há poucos estudos sobre o impacto do envolvimento dos pais no tempo
da internação e na recuperação dos bebês.
O estudo envolveu 366
bebês prematuros. Metade podia ter os pais por
perto durante o dia todo,
os demais tinham visitas
em horários restritos.
O tempo de internação
foi reduzido em 5,3 dias
nos bebês que recebiam o
cuidado dos pais o dia todo
-de 32,8 dias para 27,4
dias, em média.
No Brasil, cada hospital
estabelece suas regras,
mas todos devem garantir
o acesso dos pais ao bebê.
"É fato que o convívio
com os pais reduz o tempo
de internação na UTI. É
por isso que estimulamos
esse contato", diz Sandra
Regina Sestokas, diretora
do Hospital Maternidade
Interlagos. O hospital, vinculado à Secretaria Estadual de Saúde, permite livre acesso aos pais.
"Quando os pais participam, entendem melhor a
situação da criança e ficam
mais preparados para os
cuidados e para as possíveis consequentes patologias", explica Miriam Rika,
neonatologista do Hospital e Maternidade São
Luiz, em São Paulo. Na
instituição, não há restrições para visitas dos pais.
A Sociedade Brasileira
de Pediatria (SBP) encoraja o acesso dos pais aos bebês na UTI, respeitando as
normas de cada hospital.
"Isso aumenta o vínculo
mãe-filho, o que ajuda na
amamentação e na recuperação", diz Jucille Meneses, do Departamento
de Neonatologia da SBP.
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