São Paulo, domingo, 07 de março de 2010

Texto Anterior | Índice

PLANTÃO MÉDICO

Cuidados paliativos

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Enquanto nos primeiros anos do século passado poucas pessoas conseguiam ultrapassar os 50 anos, quase no apagar das luzes do século 20 essa barreira havia desaparecido graças ao significativo avanço da medicina.
Agora, nestes primeiros anos do século 21, a perspectiva de chegar aos 90 e até o atual número de pessoas centenárias não surpreende.
Por outro lado, a atenção médica também apresenta mudanças. Como observa a professora Magali Roseira Boemer, em editorial na Revista da Escola de Enfermagem da USP, nos últimos anos tem-se observado uma transformação na forma de cuidar da pessoa com doença grave e terminal, deslocando o paradigma da cura para o cuidado. São os denominados cuidados paliativos, "o cuidar humanizado de uma pessoa em seu processo de finitude", explica.
Em nosso meio, entretanto, são poucas as instituições e profissionais de saúde relacionados à área.
Enquanto na Espanha existem 417 unidades especializadas em melhorar a qualidade de vida do paciente terminal, das quais 143 são equipes de suporte domiciliar, no Brasil são apenas 63 os serviços de dor e cuidados paliativos existentes, dos quais 33 estão localizados na capital e em cidades do interior do Estado.
Visando contribuir para o desenvolvimento de profissionais da saúde para esta área, a disciplina de Emergências Clínicas da Faculdade de Medicina da USP realiza o 1º Curso de Aperfeiçoamento Multiprofissional em Cuidados Paliativos. Informações: www.saudeeducacao.com.br ou tel. 0/xx/11/ 2737-0041.

julio@uol.com.br


Texto Anterior: O mundo dele era o CRACK
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.