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PLANTÃO MÉDICO
Cuidados paliativos
JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA
Enquanto nos primeiros
anos do século passado poucas pessoas conseguiam ultrapassar os 50 anos, quase
no apagar das luzes do século
20 essa barreira havia desaparecido graças ao significativo avanço da medicina.
Agora, nestes primeiros
anos do século 21, a perspectiva de chegar aos 90 e até o
atual número de pessoas
centenárias não surpreende.
Por outro lado, a atenção
médica também apresenta
mudanças. Como observa a
professora Magali Roseira
Boemer, em editorial na Revista da Escola de Enfermagem da USP, nos últimos
anos tem-se observado uma
transformação na forma de
cuidar da pessoa com doença
grave e terminal, deslocando
o paradigma da cura para o
cuidado. São os denominados cuidados paliativos, "o
cuidar humanizado de uma
pessoa em seu processo de
finitude", explica.
Em nosso meio, entretanto, são poucas as instituições
e profissionais de saúde relacionados à área.
Enquanto na Espanha
existem 417 unidades especializadas em melhorar a
qualidade de vida do paciente terminal, das quais 143 são
equipes de suporte domiciliar, no Brasil são apenas 63
os serviços de dor e cuidados
paliativos existentes, dos
quais 33 estão localizados na
capital e em cidades do interior do Estado.
Visando contribuir para o
desenvolvimento de profissionais da saúde para esta
área, a disciplina de Emergências Clínicas da Faculdade de Medicina da USP realiza o 1º Curso de Aperfeiçoamento Multiprofissional em
Cuidados Paliativos. Informações: www.saudeeducacao.com.br ou tel. 0/xx/11/
2737-0041.
julio@uol.com.br
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