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Cirurgia reduz infecção crônica
DA REPORTAGEM LOCAL
Adalberto de Souza Neto,
18, submeteu-se à sinuplastia no Hospital Professor Edmundo Vasconcelos há duas
semanas. Ele já apresentava
várias complicações decorrentes da sinusite crônica,
que sofria havia cinco anos,
mas não tinha melhora com
antibióticos e outras drogas.
O garoto tem paralisia cerebral e, por isso, especialistas não recomendavam a cirurgia endoscópica. "Fui a
lugares especializados em
otorrinolaringologia, mas
meu filho age como uma
criança, se mexe muito. O
pós-operatório é bem dolorido e os médicos achavam que
ele não ia conseguir ficar
com o tampão", conta a mãe,
a técnica de enfermagem
Shirley Alves Parente, 39.
Como o tratamento com
remédios não fazia efeito,
Adalberto sofria com o acúmulo de secreção. O excesso
de muco era expelido pelo
olho direito e causava dor e
latejamento. Por não conseguir respirar pelo nariz, ele
também começava a sofrer
de apneia do sono.
O menino também foi internado algumas vezes com
pneumonia. Em dezembro, a
doença evoluiu para uma
sepse, e o paciente teve de
passar alguns dias na UTI. "O
médico me disse que estava
virando um caso de infecção
generalizada. Deduzimos
que a sinusite era um foco vivo de infecção", diz a mãe.
Hoje, Adalberto já consegue respirar pelo nariz. "Ele
chegou em casa brincando.
Antes, vivia deitado, com a
mão no olho -parecia que a
região ia explodir."
Para Shirley, o resultado
da cirurgia é positivo. "Ele
teve alta no dia seguinte. Como já sofri demais com ele
no hospital, para mim foi
uma surpresa", diz.
(JULLIANE SILVEIRA)
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