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Outro lado
Associação diz que não há relatos de casos no país
DA REPORTAGEM LOCAL
A Associação Brasileira de
Profissionais do Bronzeamento critica a decisão da Anvisa de
proibir a utilização das câmaras
de bronzeamento artificial para fins estéticos no país. "Há
formas de controlar o uso das
câmaras de bronzeamento e de
proporcionar a segurança adequada ao cliente. Essas normas
já existiam no Brasil e essa decisão é um retrocesso", afirma
Cleverson Riggo, diretor técnico da associação.
Riggo diz que a Anvisa não
comprovou, com dados oficiais
brasileiros, que realmente houve um aumento no número de
casos de câncer relacionados ao
uso das câmaras de bronzeamento, que existem no Brasil
desde a década de 80.
"A Anvisa alega que as câmaras aumentam o risco de câncer
de pele em 75%, mas não apresentou nenhum caso real de
doente por causa da câmara. A
associação acredita que esses
dados não correspondem à realidade", afirmou.
Riggo diz ainda que, no período em que a consulta pública
sobre a proibição do uso das câmaras ficou no ar, a associação
informou à Anvisa que cerca de
80% das pessoas que usam esses equipamentos não são
usuários permanentes -fazem
de dez a 20 sessões por ano, geralmente pouco antes do verão.
"Isso já reduz drasticamente
o risco de câncer, pois essas
pessoas não se expõem com
frequência", diz.
Para ele, se a agência quiser
levar à risca a possibilidade de
desenvolvimento de doenças,
deveria proibir também a venda de cigarros e de álcool (por
causa do risco de câncer de pulmão e de cirrose no fígado).
De acordo com Riggo, cada
estabelecimento com câmaras
de bronzeamento artificial
atende aproximadamente 200
clientes por ano.
(FB)
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