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Falhas nos diagnósticos são comuns
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não há consenso na definição de alergia alimentar, muitos diagnósticos
são falhos e os resultados
dos testes têm interpretações diferentes, diz artigo
do "Journal of the American Medical Association".
Segundo o alergista e
imunologista da Universidade da Califórnia Marc
Riedl, um dos autores do
estudo publicado, 8% das
crianças e menos de 5%
dos adultos têm alergia alimentar, apesar de 30% da
população acreditar que
tem o problema.
Os autores do trabalho,
encomendado pelo governo americano, avaliaram
todos os artigos médicos
que encontraram sobre o
assunto, publicados entre
janeiro de 1988 e setembro
do ano passado.
Os pesquisadores concluíram que há muito material sobre o assunto, mas
são poucos os estudos de
alta qualidade, feitos com
uma boa base de dados e
testes rigorosos.
Segundo o artigo, os testes usados atualmente para identificar alergias alimentares não são totalmente confiáveis, o que
pode levar, muitas vezes, a
diagnósticos enganosos.
O vice-presidente da Asbai (Associação Brasileira
de Alergia e Imunopatologia), Fabio Morato Castro,
não concorda com o estudo. "Os testes feitos com
técnicas adequadas são
fundamentais e ajudam no
diagnóstico", afirma o especialista.
O levantamento faz parte de um projeto organizado pelo National Institute
of Allergy and Infectious
Diseases, que pretende estabelecer novos critérios
para o correto diagnóstico
de alergias alimentares.
A primeira versão do
trabalho, preparado por
um comitê de especialistas, deve sair até o fim do
mês que vem.
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