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Diminuição da função dos rins aumenta risco para o coração
Velocidade da queda do funcionamento renal sinaliza problema cardiovascular
GABRIELA CUPANI
DA REPORTAGEM LOCAL
A perda da função renal ao
longo do tempo eleva o risco de
falência cardíaca, ataque do coração e doença arterial periférica em indivíduos sem doença
renal. O dado é de dois estudos
publicados no "Jama".
Os trabalhos sugerem que os
médicos devem avaliar não somente o funcionamento atual
dos rins mas também mudanças ao longo do tempo. A partir
dos 50 anos, há uma perda de
1% ao ano na função renal.
Num dos estudos, pesquisadores da Universidade da Califórnia avaliaram a função renal
de 4.378 pacientes e monitoraram problemas como falência
cardíaca, derrames e doença arterial obstrutiva periférica.
Aqueles que tiveram rápido
declínio na função renal tiveram um risco maior de ter falência do coração (32%), ataque
cardíaco (48%) e doença arterial obstrutiva periférica (67%).
O outro estudo, conduzido
por cientistas da Johns Hopkins, avaliou os efeitos das mudanças no funcionamento renal em 13.029 participantes durante 19 anos. Eles checaram a
função dos rins no início do estudo, três e nove anos após.
Os autores observaram que
uma queda na função ao longo
do tempo, independentemente
dos valores iniciais, aumenta o
risco de doença cardíaca.
Os pacientes que tiveram
uma queda na função renal
maior do que 5,6% ao ano tiveram um risco 30% maior de
doença cardíaca. "Quando o
rim não funciona, deixa de eliminar substâncias que levam a
inflamações", explica o cardiologista Ari Timerman, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
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