São Paulo, quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

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Diminuição da função dos rins aumenta risco para o coração

Velocidade da queda do funcionamento renal sinaliza problema cardiovascular

GABRIELA CUPANI
DA REPORTAGEM LOCAL

A perda da função renal ao longo do tempo eleva o risco de falência cardíaca, ataque do coração e doença arterial periférica em indivíduos sem doença renal. O dado é de dois estudos publicados no "Jama".
Os trabalhos sugerem que os médicos devem avaliar não somente o funcionamento atual dos rins mas também mudanças ao longo do tempo. A partir dos 50 anos, há uma perda de 1% ao ano na função renal.
Num dos estudos, pesquisadores da Universidade da Califórnia avaliaram a função renal de 4.378 pacientes e monitoraram problemas como falência cardíaca, derrames e doença arterial obstrutiva periférica.
Aqueles que tiveram rápido declínio na função renal tiveram um risco maior de ter falência do coração (32%), ataque cardíaco (48%) e doença arterial obstrutiva periférica (67%).
O outro estudo, conduzido por cientistas da Johns Hopkins, avaliou os efeitos das mudanças no funcionamento renal em 13.029 participantes durante 19 anos. Eles checaram a função dos rins no início do estudo, três e nove anos após.
Os autores observaram que uma queda na função ao longo do tempo, independentemente dos valores iniciais, aumenta o risco de doença cardíaca.
Os pacientes que tiveram uma queda na função renal maior do que 5,6% ao ano tiveram um risco 30% maior de doença cardíaca. "Quando o rim não funciona, deixa de eliminar substâncias que levam a inflamações", explica o cardiologista Ari Timerman, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.


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