São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2008

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Adolescente sobrevive por 118 dias sem coração nos Estados Unidos

Dispositivo criado para bombear sangue manteve viva menina de 14 anos

C. M. Guerrero/Associated Press
D'Zhana Simmons, que se recupera do segundo transplante

DA REDAÇÃO

Uma adolescente norte-americana sobreviveu por quase quatro meses sem coração, graças a um dispositivo feito sob medida para bombear seu sangue, enquanto aguardava para se submeter ao segundo transplante do órgão, relataram médicos de Miami.
Segundo eles, essa foi a primeira vez que uma paciente pediátrica foi mantida viva desse modo por tanto tempo. Na Alemanha, um adulto já havia vivido na mesma situação ao longo de nove meses.
Moradora da Carolina do Sul, D'Zhana Simmons, 14, sofria de cardiomiopatia dilatada, uma condição que diminui a capacidade do músculo. No dia 2 de julho deste ano, ela foi submetida a um transplante de coração no Holtz Children's Hospital de Miami, mas o novo órgão não funcionou adequadamente e, por isso, precisou ser removido rapidamente.
A solução foi implantar duas bombas para manter o sangue circulando enquanto a garota recobrava as forças para um novo transplante, ocorrido em 29 de outubro. Uma das bombas realizava o trabalho do ventrículo direito e enviava sangue aos pulmões, enquanto a segunda substituía o ventrículo esquerdo, enviando sangue para o resto do corpo.
De acordo com os médicos, quando um coração artificial é usado para manter um paciente, o órgão original costuma permanecer no corpo -o que não ocorreu nesse caso. Eles acreditam que Simmons seja a primeira paciente pediátrica a receber esse tipo de dispositivo sem o coração, e, possivelmente, uma das mais jovens a chegar ao momento do transplante sem o coração nativo.
A condição de saúde de Simmons era delicada. A menina também sofreu falência renal e teve o rim transplantado no dia seguinte ao segundo transplante do coração. Marco Ricci, diretor de cirurgia pediátrica do hospital, afirmou que o prognóstico da adolescente é bom. Segundo os médicos, existe 50% de chance de que pacientes transplantados precisem de um novo coração no prazo de 12 a 13 anos.

Com agências internacionais



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