JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

As estrias que persistem em grande número de gestantes após o parto costumam trazer desconforto emocional. E é elevado o percentual de mulheres jovens afetadas por essa frequente ocorrência resultante da gravidez, refere pesquisa publicada nos Anais Brasileiros de Dermatologia.
O professor Marcos Maia e colaboradores (Sarita B. Rodrigues, Carolina R. Marçon e Tsutomu Aoki), da Santa Casa de São Paulo, investigaram as estrias de distensão na gravidez e os fatores que facilitam o seu aparecimento. As causas parecem relacionadas à combinação de fatores genéticos com alterações endócrinas e estiramento da pele.
O estudo foi realizado na gravidez de primíparas (primeiro parto). As estrias foram mais frequentes nas jovens que engordaram mais na gestação e nas que tiveram bebês mais pesados.
Das 164 gestantes, as estrias surgiram em 79,6% de 54 mulheres com menos de 19 anos e em 62,5% de 72 mulheres com idades entre 20 e 25 anos. À medida que aumentava a idade, diminuía a proporção de atingidas pelas estrias, exceto nas com mais de 35 anos.
Em relação ao peso da futura mãe, estrias surgiram em 50% das que ganharam até 15 kg. A proporção aumentou para 75% nas que engordaram mais de 15 kg. Cerca de 80% das mães com nenês acima dos 3,5 quilos desenvolveram estrias.

julio@uol.com.br


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