São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2010

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Maioria com HIV não tem acesso a terapia

Tratamento com antirretrovirais só alcança um terço da população mundial que precisa se tratar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Apenas um terço dos 15 milhões de portadores de HIV que precisam de tratamento tem acesso aos antirretrovirais, revela um relatório da Organização Mundial da Saúde divulgado ontem.
Ainda assim, o documento mostra que a situação melhorou nos países menos desenvolvidos.
No fim de 2009, 5,2 milhões de pessoas receberam tratamento no mundo, contra 4 milhões no ano anterior.
O Brasil está entre os países que oferecem entre 50% e 80% de cobertura do tratamento e é um dos 14 países que fornecem a terapia para mais de 80% das crianças que precisam dele.
Oito países em desenvolvimento, entre eles Cuba e Ruanda, conseguiram cumprir a meta estabelecida em 2006 de levar o tratamento a, no mínimo, 80% dos pacientes em 2010.
Embora essa meta ainda esteja longe de ser alcançada no mundo, o relatório ressalta os bons resultados em países em desenvolvimento.
Na África subsaariana, uma das regiões mais afetadas pela epidemia, houve um aumento da cobertura do tratamento de 32% para 41% em apenas um ano.
No caso das gestantes, países como Botsuana e África do Sul oferecem tratamento a mais de 80% das mulheres grávidas portadoras do vírus.
Em média, 59% das gestantes no mundo tiveram acesso ao tratamento -no entanto, mais de mil crianças são contaminadas diariamente antes de nascer, no parto ou durante a amamentação, ressalta a OMS.

PREVENÇÃO
No campo da prevenção, embora 67 milhões de pessoas tenham feito o teste para detectar a doença em 2009, o número ainda é considerado insuficiente. Na África subsaariana, por exemplo, menos de 40% dos soropositivos conhecem sua condição.
Por outro lado, houve um aumento no número de países pobres que começaram a desenvolver atividades de prevenção destinadas a grupos de maior risco, como usuários de drogas injetáveis, trabalhadores do sexo e homossexuais.
O relatório reconhece que há vários obstáculos legais e culturais que impedem ou dificultam que esses grupos utilizem serviços de saúde.
Outro problema apontado no documento é a ausência de garantias sobre o sangue destinado a transfusões.
Enquanto nos países ricos 99% das doações passam por testes de controle de qualidade, esse número não chega a 50% nos países menos desenvolvidos.


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