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Maioria com HIV não tem acesso a terapia
Tratamento com antirretrovirais só alcança um terço da população mundial que precisa se tratar
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Apenas um terço dos 15
milhões de portadores de
HIV que precisam de tratamento tem acesso aos antirretrovirais, revela um relatório da Organização Mundial
da Saúde divulgado ontem.
Ainda assim, o documento
mostra que a situação melhorou nos países menos desenvolvidos.
No fim de 2009, 5,2 milhões de pessoas receberam
tratamento no mundo, contra 4 milhões no ano anterior.
O Brasil está entre os países que oferecem entre 50% e
80% de cobertura do tratamento e é um dos 14 países
que fornecem a terapia para
mais de 80% das crianças
que precisam dele.
Oito países em desenvolvimento, entre eles Cuba e
Ruanda, conseguiram cumprir a meta estabelecida em
2006 de levar o tratamento a,
no mínimo, 80% dos pacientes em 2010.
Embora essa meta ainda
esteja longe de ser alcançada
no mundo, o relatório ressalta os bons resultados em países em desenvolvimento.
Na África subsaariana,
uma das regiões mais afetadas pela epidemia, houve um
aumento da cobertura do tratamento de 32% para 41% em
apenas um ano.
No caso das gestantes, países como Botsuana e África
do Sul oferecem tratamento a
mais de 80% das mulheres
grávidas portadoras do vírus.
Em média, 59% das gestantes no mundo tiveram
acesso ao tratamento -no
entanto, mais de mil crianças
são contaminadas diariamente antes de nascer, no
parto ou durante a amamentação, ressalta a OMS.
PREVENÇÃO
No campo da prevenção,
embora 67 milhões de pessoas tenham feito o teste para
detectar a doença em 2009, o
número ainda é considerado
insuficiente. Na África subsaariana, por exemplo, menos de 40% dos soropositivos conhecem sua condição.
Por outro lado, houve um
aumento no número de países pobres que começaram a
desenvolver atividades de
prevenção destinadas a grupos de maior risco, como
usuários de drogas injetáveis, trabalhadores do sexo e
homossexuais.
O relatório reconhece que
há vários obstáculos legais e
culturais que impedem ou dificultam que esses grupos
utilizem serviços de saúde.
Outro problema apontado
no documento é a ausência
de garantias sobre o sangue
destinado a transfusões.
Enquanto nos países ricos
99% das doações passam por
testes de controle de qualidade, esse número não chega a
50% nos países menos desenvolvidos.
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